Para especialista, inflação deve perder fôlego lentamente no País

  • Por Jovem Pan
  • 10/02/2016 16h16
Cédulas de dinheiro. Foto: Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/ USP Imagens Real - Fotos Públicas

O mercado financeiro espera uma inflação de 6% para 2017, já no teto da meta, e de 7,56% nesse ano. O relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta quarta-feira (10), indica piora na projeção dos indicadores, confirmando a expectativa da persistência da crise.

Os analistas também projetaram encolhimento de 3,21% do PIB (Produto Interno Bruto) para 2016. Na semana passada, a projeção era de queda de 3,01%. Em entrevista à Jovem Pan, o estrategista chefe da Credit Agricoll Indosuez (Indochu), Wladimir Carramaschi, disse que espera uma queda muito lenta da inflação no país.

“Considerando toda a recessão que nós estamos tendo, toda a crise econômica, a inflação encontra-se em um patamar muito elevado. Esperava-se que com a queda da atividade, a inflação também perdesse fôlego, mas a aposta das maiores instituições financeiras é de que isso pode até acontecer, mas numa velocidade muito branda tendo em visto a gravidade da crise”, explica o especialista.

Wladimir Carramaschi avalia que só com uma mudança nos rumos políticos será possível reverter o pessimismo econômico no Brasil. “Para resolver a crise, para começar a gerar uma percepção de que as coisas vão melhorar, a gente precisaria de uma resolução da crise política. O governo tem hoje muito pouco apoio na sociedade e no Congresso. O país precisa de reformas a médio e longo prazo, reformas estruturais que atacassem o déficit fiscal. O governo tende a gastar mais do que arrecada e, conforme o tempo passa, esse buraco tende aumentar (…). Então, a gente precisa resolver isso”, ressalta.

Ouça o áudio e confira a entrevista na íntegra.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.