Prejuízo de empresas aéreas soma R$ 5,9 bi em 2015

  • Por Estadão Conteúdo
  • 22/06/2016 13h53
Arquivo/JP Companhias aéreas

As companhias aéreas brasileiras registraram, juntas, um prejuízo líquido de R$ 5,9 bilhões em 2015, o maior da história do setor. As informações são de levantamento do jornal O Estado de S. Paulo e baseiam-se nos demonstrativos financeiros das companhias aéreas, divulgados, na última terça-feira (21), pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Trata-se do quinto ano consecutivo de perdas na indústria, que acumula prejuízo de R$ 15,4 bilhões desde 2011.

“É a crônica de uma crise anunciada. Estamos em um ambiente recessivo e os entraves regulatórios do Brasil, que tornam a nossa aviação mais cara do que os padrões internacionais, persistem”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz.

O maior prejuízo do setor foi registrado pela Gol, que somou, só no ano passado, perdas de R$ 3,5 bilhões. A TAM perdeu R$ 1,57 bilhão e a Azul, R$ 753 milhões. Apesar de também ter ficado no vermelho, a Avianca foi a única entre as grandes empresas que conseguiu minimizar as perdas, sutentando-se em R$ 12 milhões.

O ano de 2016 continua desafiador para as companhias. Também na terça, a Abear divulgou o décimo mês consecutivo de queda na demanda mensal por passagens aéreas em voos nacionais. Em maio, a retração no setor somou 7,7%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

As aviadoras estão cortando rotas aéreas justamente para tentar estancar os prejuízos financeiros, explicou Sanovicz, “a malha é reduzida pela insustentabilidade em manter voos deficitários”, conjecturou. O executivo estima que o corte de assentos disponíveis para voos domésticos deverá superar a taxa dos 10% neste ano.

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