Previsão de alta do PIB de 2017 sobe a 1,1% e a de 2018 para 3%, diz Meirelles

  • Por Estadão Conteúdo
  • 14/12/2017 11h28
José Cruz/Agência Brasil José Cruz/Agência Brasil Ele lembrou que a taxa de juros estrutural da economia brasileira caiu e que o risco País também cedeu

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou nesta quinta-feira, 14, a revisão dos parâmetros macroeconômicos da pasta para este e para o próximo ano. Para 2017, a estimativa oficial da equipe econômica para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 0,5% para 1,1%. No último Boletim Focus do Banco Central, a mediana das avaliações dos analistas de mercado apontava para uma alta de 0,91% neste ano.

“O PIB caiu muito em 2016 e está subindo bastante em 2017. Mesmo que haja uma ascensão grande este ano, há um carregamento do ano passado que influencia a média para baixo”, explicou o ministro da Fazenda.

Ele voltou a dizer que as empresas e famílias começaram o processo de desalavancagem no segundo semestre do ano passado, ao mesmo tempo em que houve a descompressão da política monetária pelo Banco Central.

“Portanto, as companhias começaram a investir mais e repor capital de giro. Da mesma forma, as famílias voltaram a consumir, o que foi um impulso ao crescimento”, afirmou Meirelles. “A inflação está abaixo da meta, então o BC está correto”, completou.

2018

Já para 2018, a projeção da Fazenda passou de 2,0% para 3,0%. O Orçamento do próximo ano, aprovado na quarta-feira, 13, pelo Congresso Nacional, já considerava uma alta de 2,5% no PIB no ano que vem. No Focus, os economistas já preveem um crescimento de 2,62% em 2018.

“Essa projeção está um pouco acima da média das estimativas dos analistas, mas achamos que é uma previsão bastante conservadora e sólida. Revisão é produtos de reformas, e já houve um aumento muito grande da confiança, do investimento e do consumo”, argumentou Meirelles. “Temos uma conjugação de fatores positivos”, acrescentou.

Ele lembrou que a taxa de juros estrutural da economia brasileira caiu e que o risco País também cedeu. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e para o câmbio, o ministro acrescentou que a pasta usará as projeções do próprio Focus para 2017 e 2018.

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