Relatório aponta que 40 empresas estrangeiras deixaram a Argentina desde 2010

  • Por Agencia EFE
  • 17/09/2014 20h57

Buenos Aires, 17 set (EFE).- De acordo com um relatório privado divulgado nesta quarta-feira, 40 empresas de capital estrangeiro, majoritariamente de origem europeia, decidiram deixar suas operações na Argentina desde 2010.

De acordo com a empresa de consultoria privada “Desenvolvimento de Negócios Internacionais” (DNI), desse total, 17 firmas são europeias, nove americanas e seis de outros países da América Latina

“O cenário de negócios na Argentina não é propício às empresas que operam além das fronteiras”, afirmou o diretor-geral da DNI, Marcelo Elizondo.

Segundo o relatório, o investimento estrangeiro direto na Argentina caiu em 2013 13%, “enquanto em todos os países do mundo, cresceu 11%, chegando a níveis anteriores à crise internacional dos últimos anos”.

Uma manifestação deste fenômeno é, de acordo com a empresa de consultoria, a “crescente verba” de empresas estrangeiras que operam na Argentina e deixaram o país “desde que se iniciou a segunda década do século XXI”.

O relatório inclui em sua relação de empresas que decidiram se retirar do mercado argentino firmas que anunciaram que interrompem processos de produção, que vendem seus ativos, que desmantelam fábricas, que finalizam suas operações e aquelas que estão em processo de fechamento definitivo no país.

“A saída de empresas estrangeiras traz menos investimento, menos emprego, menos geração de bens e serviços de qualidade, menos exportações, menos oferta para consumidores, menos arrecadação tributária, além de afetar a reputação do país”, advertiu Elizondo.

A maioria das empresas que anunciou sua retirada é do setor industrial.

“A saída de empresas estrangeiras é uma amostra de problemas de competitividade, de ineficaz funcionamento de instituições, de desequilíbrios econômicos, de fraqueza nos marcos regulatórios, de más expectativas econômicas, e contribui (entre outros fatores) a um decrescimento da economia argentina, que tem se agravado nos últimos meses”, sustentou Elizondo. EFE

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