Se não tiver reservas, é preciso resistir às promoções do mercado imobiliário na crise

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2015 15h33
Kelsen Fernandes/ Fotos Públicas São Paulo Prédios em São Paulo

 Com financiamento imobiliário mais caro, os compradores devem fazer as contas e não cair na tentação das promoções das incorporadoras. O consumidor que quer trocar de apartamento, por exemplo, pode conseguir um desconto de até 30% com as construtoras. Pela terceira vez no ano, a Caixa Econômica Federal elevou os juros dos contratos do SFH, utilizando os recursos da poupança.

 Falando a Thiago Uberreich, o economista chefe do Secovi, Celso Petrucci, ressalta que, apesar do encarecimento, o imóvel é uma necessidade: “De 2013 para cá, essa taxa média já cresceu em torno de 35%. A gente praticava taxas médias em torno de 7,5% em 2013 e hoje estamos com taxas médias em torno de 10,5%. Tudo isso preocupa o setor e o encarecimento do crédito acompanha a evolução da alta da taxa de juros, neste momento da economia que estamos atravessando”. O economista chefe do Secovi, Celso Petrucci, explica que em média são vendidas por mês mil e quinhentas unidades habitacionais em São Paulo.

O educador financeiro, Reinaldo Domingos, enfatiza que, apesar das promoções, o consumidor deve ficar atento e fazer as contas: “Se eu preciso mesmo trocar de imóvel nesse momento, se eu preciso mesmo entrar em uma dívida de uma casa própria, de um carro ou qualquer outro bem que queira comprar, é preciso olhar para o orçamento financeiro para saber se dá para suportar as prestações. A crise está aí e é necessário ter reservas para vencê-la”. O educador financeiro, Reinaldo Domingos, sugere fazer pesquisas entre construtoras e bancos para conseguir as melhores taxas.

Desde a última quinta-feira (01/10/15), os juros da Caixa para clientes variam de 8,8% a 9,3% e, no caso de não correntistas, podem chegar a 9,9%.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.