Superávit primário brasileiro desaba 25,7% no primeiro trimestre

  • Por Agencia EFE
  • 30/04/2015 13h55

São Paulo, 30 abr (EFE).- O Brasil acumulou de janeiro a março um superávit fiscal primário de R$ 19 bilhões (US$ 6,44 bilhões), 25,7% menor que no mesmo período de 2014 e o pior resultado trimestral em seis anos, divulgou o Banco Central nesta quinta-feira.

Em março as contas públicas brasileiras registraram um saldo positivo de R$ 239 milhões, frente aos R$ 3,5 bilhões do mesmo período do ano anterior.

O governo apresentou em março superávit de R$ 1,5 bilhão, enquanto os governos estaduais e as empresas estatais registraram déficits de R$ 1,1 bilhão e R$ 97 milhões, respectivamente.

O superávit fiscal primário é a diferença entre receita e as despesas do setor público brasileiro, incluindo governo federal, administrações regionais e empresas estatais, sem levar em conta o pagamento de juros.

O Brasil, por um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), utiliza o superávit primário como referência para a saúde de suas contas públicas e de sua capacidade de pagar os juros da dívida.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, propôs com o programa de ajuste fiscal, alcançar em 2015 um superávit primário de 1,2% do PIB, que pretende elevar para 2% em 2016 e 2017.

No entanto, nos últimos 12 meses as contas públicas registraram um déficit primário de R$39,2 bilhões, o equivalente 0,7% do PIB.

Para tentar alcançar o superávit primário este ano, o governo anunciou medidas para ajustar suas contas, entre elas restrições a alguns benefícios dos trabalhadores, como seguro de desemprego e previdência.

Também foram anunciados aumentos de impostos, entre eles o que incide sobre os combustíveis, elevações nos juros cobrados sobre empréstimos de bancos públicos e reduções de gastos dos ministérios.

O Banco Central informou que a dívida líquida do setor público brasileiro foi de R$ 1,847 trilhão em março, 31% do PIB. EFE

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