TAM e Gol cancelam voos para a Argentina por greve nacional

  • Por Agencia EFE
  • 30/03/2015 22h51

Rio de Janeiro, 30 mar (EFE).- As companhias aéreas TAM e Gol, as duas maiores do Brasil, anunciaram nesta segunda-feira o cancelamento dos voos com destino à Argentina, previstos para amanhã, por causa da greve nacional que deve paralisar os transportes no país vizinho.

Em comunicado, a TAM anunciou o cancelamento de 19 voos desde São Paulo, Rio de Janeiro e Assunção, no Paraguai, com destino às cidades argentinas de Buenos Aires, Córdoba e Rosário, assim como dos que sairiam dos aeroportos argentinos.

A maior companhia aérea do país justificou sua decisão pela “paralisação geral prevista para ocorrer nesse país na terça-feira” e disse que os passageiros com passagens para esses voos poderão reprogramar suas viagens para os próximos 15 dias, sem custo adicional.

A Gol, por sua vez, cancelou seis voos previstos para esta terça-feira com destino ou partindo da Argentina e informou que está entrando em contato com os passageiros para reacomodá-los em outros voos a partir de quarta-feira.

A convocação para a greve nacional na Argentina foi feita por vários sindicatos, incluindo o de pilotos e comissários de bordo, que exigem a eliminação de um imposto que afeta os salários.

O governo argentino, por sua vez, afirma que a greve tem objetivos políticos, já que o país está em um ano eleitoral.

O ministro do Interior e Transporte, Florencio Randazzo, assegurou que a medida de força está “absolutamente fora de lugar” e lamentou que a mesma esteja sendo convocada por “grupos que foram privilegiados nos últimos anos pelas políticas do governo nacional”.

A greve também paralisará o funcionamento dos trens, dos ônibus e do metrô, entre outros serviços de transporte de curta, média e longa distância.

A última greve geral enfrentada pelo governo de Cristina Kirchner foi em agosto do ano passado, quando sindicatos opositores, com apoio dos movimentos de esquerda e de setores rurais, organizaram uma paralisação de 36 horas em rejeição às políticas do governo. EFE

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