Taxa de desemprego cai 5% no país, mas número de inativos cresce 4%

  • Por Jovem Pan
  • 17/04/2014 15h32

A taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país caiu no mês de março para 5%. É a menor variação desde o início da série histórica do IBGE em 2002. Este resultado é menor do que os 5,1% observados no mês de fevereiro.

Aparentemente, é um bom resultado, mas não é bem assim. A taxa de desemprego caiu porque houve uma menor procura por trabalho e não, devido ao aumento de vagas no mercado. Para se ter uma ideia, no primeiro trimestre deste ano não houve geração de vagas em relação ao mesmo período de 2013.

A procura por trabalho diminuiu mais de 10%. Segundo o IBGE, muitas dessas pessoas que deixaram de procurar trabalho estão migrando para a inatividade. Os inativos cresceram quase 4% no primeiro trimestre deste ano comparado ao mesmo período de 2013.

De acordo com o Instituto, o perfil dos inativos é bem definido. Trata-se, em sua maioria, de pessoas jovens, mulheres e que não são arrimo ou chefe de família.

Segundo o economista do IBGE, Cimar Azeredo, o efeito renda pode estar diretamente ligado ao movimento de aumento da inatividade nas seis maiores regiões metropolitanas do país.

“Primeiro ponto: é o rendimento da população está subindo. Então, aquela população que estaria no mercado de trabalho para compor renda familiar, ela não é vista nesse momento. Como a gente já observou em momentos atrás. O fato da renda estar subindo acaba oportunizando os jovens, aqueles que estão no ensino médio ou na faculdade, a permanecer na inatividade”, explicou.

O rendimento do trabalhador brasileiro ocupado caiu 0,3% em março, frente a fevereiro, devido à inflação mais alta. Na comparação com março do ano passado, crescimento de 3%. A renda média nessas seis maiores regiões metropolitanas do país ficou em R$ 2.026,60.

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