Taxas futuras de juros operam sem força na esteira do dólar

  • Por Estadão Conteúdo
  • 19/10/2017 10h40
Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. Às 9h57, o DI para janeiro de 2019 estava a 7,24%, de 7,26% no ajuste de quarta

Os juros futuros operavam com viés de baixa, em meio à falta de tração do dólar no mercado à vista nesta quinta-feira, 19. Os ativos domésticos reagem à aversão nos mercados globais com a crise política entre a Catalunha e o governo espanhol, que coloca as bolsas e os juros dos treasuries em baixa.

O conflito se sobrepõe a expectativas de continuidade dos ingressos de fluxo de captações externas de empresas no câmbio e também de estrangeiros para a bolsa no mercado brasileiro, segundo um agente de uma corretora.

Além disso, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China um pouco abaixo do esperado reduz o apetite dos investidores por commodities.

Com a agenda fraca de indicadores nesta quinta, o leilão de títulos do Tesouro estará no radar no fim da manhã, podendo movimentar um pouco mais as taxas futuras.

Nesse ambiente, fica em segundo plano até o momento a aprovação do parecer que pede o arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-geral da Presidência), na quarta, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Agora a denúncia segue para votação no plenário da Câmara na próxima quarta-feira, 25.

Às 9h57, o DI para janeiro de 2019 estava a 7,24%, de 7,26% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2020 a 8,19%, de 8,20% no ajuste anterior. Já o DI para janeiro de 2021 estava a 8,90%, de 8,91% do ajuste de quarta. No câmbio, o dólar no balcão subia 0,09%, aos R$ 3,1707, enquanto o dólar futuro de novembro caía 0,05%, aos R$ 3,1760.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.