Taxas futuras de juros recuam com Copom de maio no foco

  • Por Estadão Conteúdo
  • 22/03/2018 10h13
Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/USP Imagens No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação
Os juros futuros se ajustam em baixa, precificando a sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para mais um corte da taxa Selic na reunião de maio. Está no radar também as especulações em torno de uma outra redução eventual da Selic em junho. Na quarta-feira, como era esperado, o Copom reduziu a Selic em 0,25 ponto, para 6,5% ao ano. O corte foi o 12º consecutivo e a taxa básica está atualmente no nível mais baixo da série histórica, iniciada em junho de 1996.

Para a consultoria britânica Pantheon Macroeconomics a Selic deve cair para 6,25% em maio e não está descartado ainda um novo corte de 0,25pp da taxa, caso a inflação continue a surpreender para baixo.

O Copom afirmou no comunicado que “para reuniões além da próxima, salvo mudanças adicionais relevantes no cenário básico e no balanço de riscos para a inflação, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”

No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado – que utiliza expectativas para câmbio e juros do mercado financeiro -, o BC alterou sua projeção para o IPCA em 2018 de 4,2% para 3,8%. No caso de 2019, a expectativa foi de 4,2% para 4,1%. Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2018 em 6,5% e 2019 em 8,0%.

O mercado aguarda o leilão de títulos do Tesouro e vai monitorar no período da tarde desta quinta-feira, 22, o julgamento do habeas corpus preventivo apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão do plenário da Corte poderá definir se o petista será ou não preso nos próximos dias após a condenação, na segunda instância da Justiça Federal, a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP). Uma decisão desfavorável ao ex-presidente pode colaborar para mais recuo das taxas futuras.

Às 9h43, o DI para janeiro de 2019 exibia 6,26%, de 6,454% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2020 estava em 7,17%, de 7,39% no ajuste de quarta. O contrato para janeiro de 2021 caía a 8,10%, de 8,25%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 estava em 9,01%, de 9,09% no ajuste anterior.

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