Egípcia que perdeu 300 kg após cirurgia continuará tratamento em Abu Dhabi

  • Por EFE
  • 04/05/2017 16h50

Ela chegou a pesar meia tonelada e deixou hospital com176 EFE/Str Egípcia Eman Ahmed Abd El Aty

A egípcia Eman Ahmed Abd El Aty, que chegou a pesar meia tonelada, deixou o hospital em que foi operada na Índia nesta quinta-feira com apenas 176,6 quilos, após perder mais de 300 quilos em três meses.

Cercada de fotógrafos, médicos e curiosos, Eman foi embora do Hospital Saifee de Bombaim rumo aos Emirados Árabes Unidos (EAU), onde dará entrada em outro centro médico para começar a próxima etapa de seu tratamento com o objetivo de voltar a caminhar.

O Hospital Burjeel, em Abu Dhabi, já autorizou o tratamento da egípcia, de 37 anos, “estável, em boa saúde e pronta para voar”, de acordo com o centro médico indiano.

Sua alta nos hospitais põe ponto final a um tratamento que incluiu uma redução de estômago para tratar um problema de obesidade mórbida, segundo médicos e a paciente.

Mas a alta também põe ponto final às acusações públicas de falsidade entre a irmã da mulher egípcia e o hospital com mensagens nas redes sociais sobre o que estava acontecendo realmente.

O médico que a tratou, Muffazal Lakdawala, se defendeu com uma carta pública divulgada ontem, na qual assegura que a irmã estava ressentida porque tinha sido alertada de que seria muito difícil que Eman voltasse a andar, ao ter problemas ósseos e os músculos atrofiados por ter ficado de cama durante “mais de 25 anos”.

O médico mostrou imagens da egípcia sobre uma balança especial que confirmava os 176,6 quilos da paciente, embora tenha reconhecido que nunca pôde confirmar os supostos 500 quilos iniciais de Eman, ao não ter material de para poder fazê-lo.

O caso da mulher, natural de Alexandria, ganhou notoriedade há alguns meses pelo longo período que Eman passou na cama.

O doutor Lakdawala se ofereceu então a operá-la de forma gratuita e a ministra das Relações Exteriores da Índia, Sushma Swaraj, se encarregou de garantir um visto, mesmo com a egípcia sem poder cumprir com o requisito de se apresentar pessoalmente no consulado indiano para solicitá-lo.

Para sua transferência foi preciso derrubar uma parede de sua casa e o uso de um guincho, bem como vários aparatos em sua viagem em um avião de carga e uma obra no hospital para preparar especialmente o local da internação.

Finalmente, a mulher foi submetida em fevereiro a uma gastrectomia vertical laparoscópica no Hospital Saifee, que atribuiu a origem de seu problema de obesidade a uma “falha genética” localizado no gene LEPR.

A mulher já não terá que se preocupar em aparecer ou não no livro dos Recordes Guinness, onde a norte-americana Pauline Potter tem o certificado de ser, com 291,6 quilos, a mulher mais pesada do mundo, embora já tenham sido registrados outros casos, como o da porto-riquenha Elba Muñiz, que morreu em 2008 com 363 quilos.

Agora a preocupação de Eman será a fisioterapia e a reabilitação neurológica no Hospital Burjeel, onde ficará mais perto de sua casa em Alexandria.

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