Frota russa do Mar Negro nega que tenha dado ultimato à Marinha ucraniana

Simferopol (Ucrânia), 3 mar (EFE).- A frota russa do Mar Negro negou nesta segunda-feira que tenha planos de atacar as unidades militares ucranianas na Crimeia, e qualificou de “tolices” as informações sobre um suposto ultimato para que se rendam.

A informação foi confirmada por um porta-voz da frota russa em Sebastopol, citado pela agência “Interfax”, em resposta a informações que circularam sobre as forças russas terem dado um ultimato às ucranianas na península até a madrugada de amanhã, dia 4.

“Estamos acostumados a escutar acusações que estamos realizando operações militares contra nossos colegas ucranianos”, disse o porta-voz.

“As tentativas de jogarmos uns contra os outros fracassarão”, acrescentou.

De acordo com as informações divulgadas por alguns meios de comunicação, as tropas russas que têm rodeadas as unidades militares da Ucrânia na península da Crimeia deram um ultimato à Marinha de Guerra ucraniana para que se renda.

Um oficial da Marinha ucraniana, Alexei Kirilov, disse ao “Canal 5” da televisão que o comando da frota do Mar Negro deu esse prazo, mas nos últimos dias, desde que explodiu a tensão na Crimeia após a mudança de poder em Kiev e a autorização do Senado russo ao presidente Vladimir Putin para intervir ali, ocorreram vários destes ultimatos.

As forças russas tem rodeada a maioria das unidades militares ucranianas na Crimeia, mas ainda não houve nenhum enfrentamento.

A Crimeia pertenceu à Rússia até 1954, quando o então líder soviético, Nikita Kruschev, a presenteou à Ucrânia, e abriga em seu território a base da frota russa do Mar Negro.

A península possui dois milhões de habitantes, dos quais 60% são russos, 25% ucranianos e 12% tártaros. EFE