Joesley pediu “pelo amor de Deus” para Aécio parar de pedir dinheiro

  • Por Estadão Conteúdo
  • 20/05/2017 12h24
BRA01. BOGOTÁ (COLOMBIA), 17/05/2017.- Fotografía de archivo del 29 de marzo de 2016 del excandidato presidencial y senador Aécio Neves en una rueda de prensa en Brasilia (Brasil). El presidente de Brasil, Michel Temer, fue grabado por uno de los dueños del gigante cárnico JBS, Joesley Batista, avalando la compra del silencio del exjefe de la Cámara de Diputados, Eduardo Cunha, en prisión por participar en la trama de corrupción de Petrobras, según divulgó hoy, miércoles 17 de abril de 2017, O Globo. El periódico señaló que el dinero fue entregado al primo de Neves en una cena que fue filmada por la Policía Federal, que rastreó posteriormente el dinero y descubrió que fue a parar a una empresa del senador Zeze Perrella, de su mismo partido. EFE/FERNANDO BIZERRA JR EFE/Fernando Bizerra Jr. EFE -Aécio Neves

Em depoimento à Procuradoria-Geral da República no âmbito de sua delação premiada, o empresário Joesley Batista disse que em 2016 chegou a pedir para um preposto do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que pelo amor de Deus ele parasse de pedir dinheiro.

“Em 2016, um dia na casa dele ele me pediu 5 milhões e eu não dei. Logo depois começou (sic) as investigações contra mim e eu chamei aquele amigo dele, Flávio, e pedi pro Flávio para pedir a ele para, pelo amor de Deus, parar de me pedir dinheiro”, disse Batista.

A afirmação foi feita quando o empresário passou a descrever pagamentos feitos por ele ao senador tucano. Joesley iniciou o tópico “Aécio” descrevendo que conheceu o senador durante a campanha de 2014. “Fomos o maior doador da campanha dele”, disse

O empresário relatou que já no ano seguinte à eleição, Aécio continuou pedindo dinheiro com a justificativa de que era para arcar com dívidas de campanha.

Ele descreveu o repasse de R$ 17 milhões ao senador por meio da compra superfaturada de um prédio em Belo Horizonte, de propriedade de um aliado do senador.

“Precisava de R$ 17 milhões e tinha um imóvel que dava para fazer de conta que valia R$ 17 milhões”, disse. Segundo o empresário foi Aécio quem indicou o imóvel.

Questionado por um procurador se tratava-se de um superfaturamento do imóvel para justificar esse repasse de dinheiro, o empresário disse: “Sem dúvida. Não estávamos atrás de comprar um prédio em Belo Horizonte.”

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