Marina parece ser alternativa, mas não é uma solução tão tranquila, avalia Reinaldo Azevedo

  • Por Jovem Pan
  • 13/08/2014 14h29

O comentarista JOVEM PAN Reinaldo Azevedo analisou nesta quarta-feira (13) o impacto da morte de Eduardo Campos para a política brasileira e, ainda, para o processo eleitoral de outubro próximo que vai escolher o presidente do Brasil para os próximos quatro anos.

“Eduardo Campos era talentoso, exitoso, era jovem, fez trajetória brilhante, era herdeiro político do Miguel Arraes (…). Acho péssimo, uma geração que perde um político que estava em ascensão. (…) Vinha numa tradição de esquerda, porém havia rompido com ela porque reconheceu os seu limites”, analisou.

O analista político afirmou ainda que o debate fica, agora, empobrecido sem Campos. Ele lembrou que o rompimento com a esquerda ocorreu porque ele entendeu que o modelo de desenvolvimento escolhido pelo PT havia vencido.

Questionado pelo repórter JOVEM PAN Patrick Santos sobre o que fará o PSB para a eleição presidencial de 2014, Azevedo explicou que não é tão simples. “O PSB, ele tem duas alternativas. Ou não ter candidato ou ter um novo candidato. Certamente, haverá um novo candidato porque não vai perder a chance de falar para a população”, avaliou.

Porém, o comentarista disse que “de imediato, Marina parece ser uma alternativa, mas não é uma solução tão tranquila”. Ele explicou que os grupos [ os de Marina e Márcio França] não têm uma interlocução considerada fácil.

“Com a morte do Eduardo Campos, uma das principais lideranças, já era, mas, agora assume outra dimensão, o Márcio França passa a ser uma liderança ouvida e respeitada no partido, mais do que já era”, contou.

Porém, o desempenho de Marina pode pesar na escolha do PSB. “Não faria sentido tentar inventar uma candidatura do zero agora. Até porque, nas simulações de votos, a Marina sempre teve um desempenho superior ao do Eduardo Campos. Chegou a ter o triplo de votos. (…) Ultimamente andava ali pelo dobro ou quase isso”, disse.

Azevedo chamou atenção para uma possível antecipação do segundo turno caso o PSB não aposte em Marina como candidata. O analista explicou que a desproporcionalidade no tempo de propaganda de TV não possibilita um debate de ideia, mas um “massacre”.

Ouça a entrevista completa no áudio.

 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.