Ministro da Justiça defende “sistematizar” delação e condução coercitiva no CPP

  • Por Estadão Conteúdo
  • 17/05/2017 12h44
Brasília - Deputado Osmar Serraglio, durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para tentar votar o parecer do deputado Ronaldo Fonseca sobre o pedido do deputado Eduardo Cunha para anular a sessão do Conselho de Ética que aprovou a cassação de seu mandato (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil ABR - Osmar Serraglio nega ter dito que prisão de Eduardo Cunha representaria a queda da República

O ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB), defendeu nesta quarta-feira, 17, que os instrumentos da delação premiada e da condução coercitiva devem ser “sistematizados” no novo Código de Processo Penal (CPP). Sem fazer citações à Operação Lava Jato, o ministro afirmou que os mecanismos têm sido cada vez mais utilizados e que isso faz com que eles devam ser regulamentados.

Em uma crítica velada às conduções coercitivas – quando o investigado é levado a depor mesmo contra a sua vontade -, Serraglio afirmou que há um conflito no uso do instrumento, já que qualquer pessoa pode decidir permanecer em silêncio durante uma investigação.

As declarações do ministro foram dadas em uma audiência pública na comissão especial da Câmara dos Deputados que discute modificações no CPP, da qual também participa o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Questionado sobre as conduções coercitivas, Moraes afirmou que não iria se pronunciar já que o Supremo deve julgar ações nesse sentido em breve.

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