Mortes nas marginais não têm relação com aumento de velocidade, diz secretário

  • Por Jovem Pan
  • 20/04/2017 12h20
SP - TRÂNSITO - GERAL - Trânsito na Marginal Tietê, proximo a ponte da Casa Verde, em São Paulo (SP), nesta terça-feira (18). 18/04/2017 - Foto: NEWTON MENEZES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Newton Menezes/Estadão Conteúdo Marginal Tietê - AE

O número de mortes no trânsito, na capital paulista, teve um aumento no mês de março em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo banco de dados do Governo Alckmin, o Infosiga, foram registrados 81 óbitos no ano passado. Neste ano, o número subiu para 87, o que representa uma alta de 7%.

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o secretário de Transportes do município, Sérgio Avelleda, disse que a Prefeitura aguarda dados consolidados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), pois os dados do Infosiga não são os utilizados pela gestão municipal.

“Esses dados vêm de uma determinada metodologia, mas vamos verificar onde as mortes aconteceram mais. A variação mês a mês é muito restrita para ver se é um fenômeno ou só um ponto. Para nós, todo acidente com morte é algo grave e precisa ser evitado. É prioridade do prefeito João Doria um trânsito seguro”, disse o secretário.

Avelleda informou ainda que a Prefeitura lançará um programa para a redução das mortes no trânsito da cidade. “Nosso compromisso com a segurança é forte. Prioridade total”.

As velocidades modificadas desde janeiro nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros não têm a ver com o número de mortes nas duas vias, segundo o secretário. “Todas as mortes não têm relação com a velocidade. Em duas ocasiões o trânsito estava engarrafado. Não houve morte por colisão de veículos, atropelamento fatal”, disse.

No levantamento do Infosiga, a grande maioria das mortes em vias da cidade no mês passado é composta por homens. Entre os casos de acidente mais comum está o atropelamento, tendo os pedestres como as principais vítimas.

Os motociclistas, foco da gestão do prefeito para evitar acidentes em trânsito, aparecem em seguida entre os mais vulneráveis. Foram 27 mortes só no último mês na cidade. Já entre as bicicletas foram quatro mortes, o dobro do registrado no mês anterior.

“Estamos hoje mergulhados no assunto ‘motocicleta’. Durante o mês de maio faremos um seminário com especialistas do assunto para debatermos como enfrentar essa epidemia de acidentes com motocicletas”, disse o secretário.

Sérgio Avelleda contou ainda que a Prefeitura aderiu à campanha Maio Amarelo, para chamar atenção para a segurança no trânsito.

No levantamento do Infosiga, o agregado do primeiro trimestre mostra que 221 pessoas morreram em acidentes de trânsito na capital paulista. Em janeiro foram 60 mortes, fevereiro, 74 e 87 óbitos em março.

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