Argentina recebeu sete possíveis chamadas de submarino desaparecido

  • 19/11/2017 09h05
EFE/Divulgação Marinha Argentina submarino Submarino ARA San Juan, que desapareceu depois de dar último sinal a 430 km da costa argentina com uma tripulação de 44 pessoas

A Marinha da Argentina detectou neste sábado sete chamadas por satélite realizadas para diferentes bases desde o submarino ARA San Juan, desaparecido na quarta-feira passada (15) no país com 44 tripulantes a bordo, que “não chegaram a estabelecer contato”, informaram fontes oficiais.

Segundo um comunicado divulgado neste sábado pelo ministério de Defesa argentino, as chamadas não chegaram a se completar com as bases da Marinha, o que “indicaria que a tripulação tenta restabelecer contato”.

“Com a colaboração de uma empresa americana especializada em comunicação por satélite, se trabalha agora para determinar a localização precisa do emissor dos sinais, com a presunção de que poderia se tratar do submarino que leva a bordo 44 tripulantes”, diz o comunicado.

As chamadas foram feitas entre as 10h52 (horário local, 11h52 em Brasília) e 15h42 (16h42), por isso que o Governo trabalha para determinar sua localização exata.

As tentativas de comunicação duraram entre 4 e 36 segundos.

“A última posição conhecida do ARA San Juan é na área de operações do Golfo San Jorge, a 240 milhas náuticas, o equivalente a 432 quilômetros”, detalhou o ministério.

O último relato do submarino foi registrado na madrugada de quarta-feira passada, após o que, passado um tempo prudencial sem ter comunicação com a embarcação, se resolveu ativar no final da tarde de quinta-feira o protocolo de busca.

O submersível, de origem alemã, tinha partido na segunda-feira do porto de Ushuaia e se dirigia de volta para sua base, na província de Buenos Aires.

O ministro de Defesa argentino, Oscar Aguad, comanda a operação após estar com as famílias dos tripulantes na base naval de Mar del Plata, ao sul da província de Buenos Aires, e de antecipar o seu regresso de Vancouver (Canadá), onde participava de um encontro da ONU.

A operação de rastreamento e resgate, a cargo da Marinha Argentina e comandada pelo Ministério de Defesa, conta com uma aeronave de exploração antissubmarina, assim como vários navios da Marinha com helicópteros embarcados.

Da mesma maneira, foi ordenado às estações de comunicações terrestres do litoral argentino a busca das comunicações e a escuta de todas as possíveis frequências de transmissão do submarino para achar uma fonte de contato.

O presidente, Mauricio Macri, afirmou neste sábado na sua conta do Twitter que seu Governo está comprometido a utilizar “todos os recursos nacionais e internacionais” para localizar “o mais rápido possível” com vida os 44 tripulantes do submarino.

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