Abdullah Abdullah se mantém à frente na corrida presidencial no Afeganistão

  • Por Agencia EFE
  • 24/04/2014 11h37

Cabul, 24 abr (EFE).- O veterano Abdullah Abdullah se mantém na liderança da corrida presidencial no Afeganistão com 43,8% dos votos, com 82,59% das cédulas apuradas, segundo dados anunciados nesta quinta-feira.

Este índice é similar ao anunciado no domingo passado, com praticamente metade dos votos apurados, quando Abdullah tinha 44,44%. As eleições foram realizadas em 5 de abril. No sábado será anunciado mais um boletim, praticamente definitivo.

O diretor da Comissão Eleitoral Independente, Ahmad Yousef Nuristani, informou em roda de imprensa em Cabul que em segundo lugar está Ashraf Gani Ahmadzai, com 32,9% (no informe passado o político aparecia com 33,2%).

Zalmai Rasul tem 11,1%; Abdul Rab Rasul Sayaf conta com 2,7%; Helal Ahmad está com 2,8%; Gull Agha Sherzai com 1,6%; Sultanzoi tem 0,5% e Arsala está com 0,2%.

Abdullah conseguiu nas eleições passadas, realizadas em 2009, forçar um segundo turno, mas retirou a candidatura entre acuações de fraude eleitoral contra o atual presidente, Hamid Karzai.

Já Ashraf Gani Ahmadzai está bem melhor do que o 3% que obteve em 2009, quando ficou em quarto lugar.

Esta terceira parcial corresponde as 34 províncias afegãs, com cerca de 13 milhões de eleitores, mas ainda não permite antecipar se será necessário um segundo turno.

Se o atual resultado for mantido, um segundo turno seria realizado no final de maio com Abdullah e Ahamdza, já que nenhum deles alcançou mais de 50% dos votos.

As eleições decidem quem será o sucessor de Karzai, no poder há mais de 12 anos após vencer as eleições de 2004 e 2009. A Constituição afegã não permite um terceiro mandato.

O processo de votação foi elogiado pelos aliados do Afeganistão e se calcula que a participação popular chegou a 60%, apesar da ameaça dos talibãs de atacar quem participasse das eleições.

As tropas da Otan destacada no Afeganistão se encontram em fase de retirada e transferem gradualmente a responsabilidade de segurança para a polícia e a exército afegãos.

A retirada se concluirá em dezembro, se os prazos previstos foram cumpridos, mas a comunidade internacional estuda manter certa presença militar em solo afegão após esta data. EFE

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