Afeganistão lança operação contra o EI e mata 35 insurgentes mortos

  • Por Agencia EFE
  • 01/07/2015 10h45

Cabul, 1 jul (EFE).- O governo do Afeganistão lançou uma operação contra o grupo insurgente Estado Islâmico (EI) durante a qual foram mortos 35 jihadistas nas últimas duas semanas, em uma nova estratégia de segurança contra a formação islamita, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.

O porta-voz do Ministério do Interior afegão, Sediq Sediqqi, afirmou em entrevista coletiva em Cabul que o Executivo iniciou há 14 dias uma operação contra o grupo islamita nas províncias de Nangarhar (leste), Helmand (sudoeste) e Farah (oeste).

As forças de segurança mataram na semana passada sete insurgentes do EI e detiveram quatro deles em Nangarhar, indicou Sediqi, que acrescentou que no total foram mortos 35 islamitas desde o começo da operação.

A operação se encaixa dentro de uma estratégia militar aprovada pelo Conselho de Segurança Nacional, presidido pelo presidente Ashraf Ghani, e que estabelece uma força especial para lutar contra o EI.

“Estabelecemos uma força especial de trabalho para fazer contra o EI que inclui um ala operacional e um departamento de análise”, disse o porta-voz do Diretório Nacional de Segurança, à agência de inteligência afegã, Abdul Haseeb Sediqi.

“O EI é hoje uma séria ameaça para a segurança do Afeganistão”, indicou Haseeb, que acrescentou que “o objetivo da operação é impedir suas atividades em suas fases iniciais”.

Haseeb acrescentou que a agência de espionagem desdobrou seu pessoal em todas as regiões do país para vigiar as atividades do EI.

O governo afegão pediu, por sua vez, ajuda regional para fazer contra o EI, já que “é uma responsabilidade comum dos países da região”, afirmou na mesma entrevista coletiva o porta-voz do Ministério da Defesa, o general Dawlat Waziri.

Nas últimas semanas, o EI ganhou terreno dos talibãs na província de Nangarhar, onde há três dias morreram 13 insurgentes em enfrentamentos entre ambas formações.

Em meados de mês, os talibãs afegãos advertiram ao autoproclamado califa do EI, Abu Bakr al Baghdadi, que a atual luta “contra América e seus títeres” no Afeganistão deve ser realizada só sob a bandeira talibã e ameaçou fazer represálias por sua presença no país. EFE

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