Agência alemã oferece US$ 30 milhões por novas informações sobre voo MH17

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 00h21

Berlim, 19 set (EFE).- A agência de investigação privada alemã Wifka anunciou nesta sexta-feira uma recompensa de US$ 30 milhões por novas informações que colaborem no caso do acidente com o avião da Malaysia Airlines na Ucrânia.

A agência informou em comunicado divulgado em alemão, inglês e russo, que recebeu a função de esclarecer as causas da catástrofe aérea do dia 17 de julho, que resultou na morte de 298 pessoas que viajavam de Amsterdã para Kuala Lumpur, a capital da Malásia.

O desastre com o voo MH17 aconteceu no leste da Ucrânia, a 10 mil metros de altitude sobre a zona de combate entre tropas ucranianas e separatistas pró-Rússia, apoiados militarmente pelo governo russo.

Entre as funções da Wifka estão: descobrir de onde partiu a ordem de abater o avião, quem executou o pedido e quem encobriu o “crime”, mesmo que o míssil que atingiu a aeronave tenha sido disparado “por um erro político, econômico ou militar”.

Os US$ 30 milhões que foram colocados à disposição da agência de investigação por seus clientes já estão depositados em Zurique, na Suíça, e a recompensa pode ser paga nesse mesmo país ou em outro lugar.

Além disso, a agência garante a total confidencialidade dos vínculos com seus detetives e advogados, cujas fontes públicas necessitam que seus clientes “possam oferecer uma nova identidade” para os informantes.

De acordo com a imprensa, a recompensa ultrapassa os US$ 25 milhões oferecidos pelo governo americano para novas informações sobre o líder da rede terrorista internacional Al Qaeda, Osama Bin Laden.

A Rússia e os separatistas responsabilizaram a Ucrânia pela derrubada do Boeing malaio, enquanto o governo de Kiev afirmou que a aeronave foi abatida por militares russos (provavelmente pelo sistema de lançamento de mísseis “Buk”, que foi secretamente posicionado no território ucraniano controlado pelos rebeldes).

Segundo a mídia russa e ucraniana, minutos depois da queda do Boeing malaio, chefes militares rebeldes anunciaram nas redes sociais que tinham abatido um avião militar de transporte ucraniano, apesar das informações terem sido apagadas posteriormente.

O sistema de lançamento de mísseis “Buk”, conhecido como SA-11 Gadfly, na terminologia da Otan, é um complexo radar móvel do período soviético destinado a derrubar foguetes e aviões inimigos com mísseis teleguiados que atingem uma velocidade de deslocamento até três vezes maior que a do som.

Sendo assim, a inteligência dos Estados Unidos concluiu que esse sistema seria provavelmente o responsável pelo abatimento do voo MH17 da Malaysia Airlines. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.