Air Algérie: Amostras orgânicas retiradas no local do acidente chegam a Paris

  • Por Agencia EFE
  • 01/08/2014 16h04

Paris, 1 ago (EFE).- As primeiras amostras orgânicas e biológicas recolhidas no leste do Mali, onde no dia 24 de julho caiu um avião da Air Algérie, chegaram nesta sexta-feira a Paris para serem analisadas.

Trata-se, segundo indicaram os ministérios franceses das Relações Exteriores e do Transporte em comunicado conjunto, da primeira etapa dentro do processo necessário para identificar os restos mortais das vítimas.

Esse material foi recolhido por especialistas da Gendarmaria Nacional francesa e da Polícia Científica e levado até Paris “conforme o acordo alcançado com as autoridades malinesas e argelinas, e com a autorização dos outros países afetados”.

No avião, que fazia um voo da Air Algérie entre Ouagadogou e Argel operado pela companhia espanhola Swiftair, viajavam 116 pessoas, segundo a companhia aérea, e 118, segundo as autoridades da França, país de onde procediam 54 das vítimas.

Segundo dados da Interpol, nesse voo havia também seis espanhóis (os seis integrantes da tripulação) e passageiros de Argélia, Bélgica, Burkina Fasso, Camarões, Canadá, Egito, Alemanha, Líbano, Luxemburgo, Mali, Nigéria, Suíça e Ucrânia.

O presidente francês, François Hollande, anunciou no dia 26 de julho que, independentemente da nacionalidade, os restos de todas as vítimas seriam transferidos à França antes de serem repatriados a seus respectivos países.

Os ministérios das Relações Exteriores e do Transporte indicaram hoje que, de forma paralela ao recolhimento das amostras, os serviços franceses e seus similares estrangeiros prosseguiram com o recolhimento de dados que facilitem a identificação dos restos.

“Esta operação longa e delicada prossegue com a colaboração das famílias das vítimas”, acrescentou a nota, que faz um balanço das principais medidas tomadas pelas autoridades francesas após a catástrofe aérea do voo AH5017.

Entre elas, a nota lembrou que o organismo francês de investigação de acidentes aeronáuticos, o BEA, já iniciou a análise das duas caixas-pretas, com a qual confia-se que seja possível esclarecer os motivos do acidente.

Um especialista argelino, outro dos Estados Unidos, país do construtor do avião, e outro da Espanha, onde estava matriculada a aeronave, colaboram nessa investigação, acrescentaram as autoridades francesas.

O governo francês informou em seus sucessivos comunicados sobre o avanço das investigações que a única certeza que se tem até o momento é que na noite do acidente o tempo estava instável na região e que a tripulação pediu para desviar um pouco da rota antes do contato com a aeronave ser perdido. EFE

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