Alexis Tsipras toma posse como primeiro-ministro grego

  • Por Agência Brasil
  • 26/01/2015 16h59
Agência Lusa/Yannis Kolesidis/direitos reservados Alexis Tsipras

Alexis Tsipras tomou posse hoje (26) como primeiro-ministro da Grécia após a vitória nas eleições legislativas de domingo do seu partido, o Syriza, que acordou uma aliança de governo com os nacionalistas Gregos Independentes. O novo primeiro-ministro prestou juramento perante o chefe de Estado grego, Karolos Papoulias.

“Senhor presidente, juro que aplicarei a Constituição e as leis e que trabalharei sempre pelo interesse geral do povo grego”, disse. Tsipras e Papoulias assinaram o decreto de nomeação e, em seguida, o líder do Syriza saiu da sala saudando os repórteres de imagem com a mão sobre o coração.

Antes, numa reunião com o presidente, Tsipras disse ter se reunido com o líder dos Gregos Independentes, Panos Kammenos, que lhe assegurou que o partido “dará voto de confiança ao governo”. “A maioria absoluta requerida existe” disse, acrescentando esperar que essa maioria se amplie “ainda mais” na votação da equipe governamental.

O Syriza conquistou 36,34% dos votos nas eleições gerais de domingo, ganhando 149 lugares no parlamento, dois a menos que o necessário para a maioria absoluta. Os gregos independentes obtiveram 4,75% dos votos, elegendo 13 deputados.

A aliança, acordada hoje de manhã, tem sido descrita por analistas como peculiar, dado que os dois partidos apenas partilham a oposição à “troika” de credores – União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional – que acusam de ter provocado uma crise humanitária no país.

Tsipras, 40 anos, quebrou a tradição destas cerimônias ao prestar juramento sem gravata, como habitualmente se apresenta, e não prestar juramento religioso perante o líder da Igreja Ortodoxa grega, antes de se apresentar ao presidente.

O líder do Syriza fez, no entanto, uma visita ao arcebispo para lhe comunicar pessoalmente que não prestaria juramento religioso, mas que “as relações entre a Igreja e o Estado serão mais importantes que no passado”, sublinhando “o papel muito importante da Igreja” em matéria de solidariedade.

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