Após sete mil quilômetros de busca submarina, nada sobre MH370 foi encontrado

  • Por Agencia EFE
  • 26/11/2014 08h48

Sydney (Austrália), 26 nov (EFE).- As equipes contratadas pela Austrália para buscar os destroços do avião desaparecido da Malaysia Airlines rastrearam cerca de sete mil quilômetros quadrados de leito marinho no oceano Índico sem encontrar nada, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.

“Houve buscas até o momento em cerca de sete mil quilômetros de leito marinho”, segundo um comunicado do Centro de Coordenação de Agência Conjuntas (JACC, sigla em inglês) da Austrália, país que coordena a operação por sua proximidade com o local das buscas.

Esta zona está localizada ao longo do chamado “sétimo arco”, uma curva que se estende diante do litoral ocidental da Austrália, onde os especialistas calculam que o avião que fazia o voo MH370 possa ter caído.

A princípio, as equipes de resgate achavam que a área de 600 quilômetros de comprimento e 90 de largura estava ao oeste de Perth, mas no mês passado novas análises determinaram duas áreas de prioridade situadas ao sul desse ponto.

O chefe do Escritório Australiano de Segurança no Transporte, Martin Dolan, assegurou hoje ao jornal “The West Australian” que a busca pelo MH370 está “encaminhada” e atribuiu as duas zonas de busca a distintas metodologias utilizadas para calcular a trajetória.

Dolan descartou que haja divergências entre os cinco equipes de investigadores, cujo consenso inicial foi baseado nos dados disponíveis, mas que com as novas informações “os resultados das distintas metodologias não coincidem exatamente”.

Enquanto isso, especialistas da Organização para a Pesquisa Industrial e Científica da Comunidade da Austrália (CSIRO) elaboram modelos para identificar em quais lugares poderiam aparecer destroços do avião que caiu no Índico.

Inicialmente foi apontado que os os destroços poderiam estar no litoral ocidental da ilha de Sumatra, no oeste da Indonésia, 123 dias depois do acidente, mas quase nove meses depois nada foi encontrado.

“Estamos trabalhando para ver se podemos atualizar o modelo para uma zona mais ampla onde tenha possibilidades dos destroços terem alcançado a margem”, disse o coordenador da busca, Peter Foley.

O avião de Malaysia Airlines desapareceu em 8 de março com 239 pessoas a bordo após mudar de rumo em uma “ação deliberada”, segundo os especialistas, apenas 40 minutos após ter decolado de Kuala Lumpur com direção a Pequim. EFE

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