Argentina estuda habilitar hospital para operações de mudança de sexo

  • Por Agencia EFE
  • 26/11/2014 18h50

Buenos Aires, 26 nov (EFE).- O governo argentino estuda habilitar um hospital público para realizar operações de mudança de sexo e evitar, dessa forma, as “intervenções cirúrgicas ilegais”, informou nesta quarta-feira o vice-ministro de Saúde, Daniel Gollan.

Em declarações à rádio “La Red”, o vice-ministro explicou que o executivo de Cristina Kirchner “está regulamentando uma lei que dá uma série de direitos às pessoas que querem mudar de sexo”.

Gollan afirmou que a ideia do projeto é “evitar práticas e intervenções cirúrgicas ilegais”.

“É um lugar onde temos que pôr fortemente o olho”, afirmou o vice-ministro de Saúde, ao apontar que o governo “habilitaria um hospital público para que não terminem injetando silicone industrial e morram em consequência disso”.

“São cerca de 20 mil pessoas que devem ser protegidas com a lei de Identidade de Gênero, evitando uma série de procedimentos em busca de sua identidade que às vezes não são adequados”, acrescentou.

A iniciativa do Ministério argentino de Saúde se soma à apresentada por uma legisladora de Buenos Aires, que causou rebuliço na terça-feira ao ser divulgada na imprensa local.

O projeto da legisladora portenha kirchnerista María Rachid, em conjunto com a Federação Argentina de lésbicas, gays, bissexuais e trans (FALGBT), propõe o pagamento de um subsídio mensal de oito mil pesos (R$ 2.350) a transexuais com mais de 40 anos.

Rachid defendeu o projeto argumentando que os transexuais de meia idade são “sobreviventes”.

“A vida média dos transexuais é de 35 a 40 anos, pois vivem em uma situação de extrema marginalização, impossibilitados de se inserirem no mercado de trabalho”, justificou a legisladora. EFE

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