Argentina suspende Odebrecht de licitações de obras públicas por um ano

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/07/2017 18h12
LIM01. LIMA (PERÚ), 03/01/2017.- Fotografía del edificio de Odebrecht hoy, martes 3 de enero de 2017, en el distrito San Isidro de Lima (Perú). El pasado miércoles el Departamento de Justicia de Estados Unidos publicó un informe en el que señaló que Odebrecht y algunas de sus filiales pagaron aproximadamente 788 millones de dólares en sobornos en 12 países, incluido Brasil, para obtener contratos públicos. EFE/Germán Falcón EFE/Germán Falcón Em um acordo com a Justiça dos Estados Unidos, executivos da Odebrecht admitiram terem pago US$ 35 milhões em propinas a autoridades argentinas entre 2007 e 2014, durante o governo de Cristina Kirchner

O governo do presidente da Argentina, Mauricio Macri, decidiu que a Odebrecht não pode participar de licitações em obras públicas do país por um ano, em meio a investigações contra a construtora brasileira por pagamento de propinas.

Em uma resolução publicada hoje no Boletim Oficial, o Ministério do Interior, Obras Públicas e Habitação estabelece a “suspensão preventiva” da participação da empresa nas licitações por doze meses, mas não menciona as obras que a Odebrecht já toca no país vizinho.

Em um acordo com a Justiça dos Estados Unidos, executivos da Odebrecht admitiram terem pago US$ 35 milhões em propinas a autoridades argentinas entre 2007 e 2014, durante o governo de Cristina Kirchner.

A resolução do governo argentino diz que “foram abertos vários processos judiciais e procedimentos administrativos” no país e no exterior contra a Odebrecht, nos quais a empresa é acusada de “práticas corruptas”. O documento acrescenta que “há fortes e convincentes evidências de envolvimento da Odebrecht em casos de corrupção”.

O governo Macri ainda lembrou que há ordens de prisão contra dirigentes da empresa no Brasil e que em vários outros países a Odebrecht negocia acordos de leniência e colaboração com a justiça.

O ministro de Justiça da Argentina, Germán Garavano, viajou a Washington recentemente e se reuniu com um procurador para acelerar a troca de informações sobre o caso Odebrecht e as propinas pagas em seu país.

Investigadores argentinos, no entanto, dizem que não existe um mecanismo legal para que a empresa firme um acordo de cooperação com a Justiça para a redução de penas.

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