Ataques de guerrilhas a petrolíferas na Colômbia causam perdas milionárias

  • Por Agencia EFE
  • 21/08/2014 01h22

Bogotá, 20 ago (EFE).- A Colômbia perdeu este ano pelo menos um trilhão de pesos (US$ 531 milhões) nos 97 atentados que as Farc e o ELN cometeram contra a infraestrutura petrolífera do país, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.

O presidente da Associação Colombiana de Petróleo (ACP), Francisco José Lloreda, disse que os atentados afetam os recursos que as povoações recebem royaltes para desenvolver projetoss em diferentes áreas como educação, saúde e saneamento.

“É equivalente ao redor de um trilhão de pesos. Isto sem quantificar o que significam os custos de reparação da infraestrutura de transporte” de petróleo, acrescentou Lloreda.

Ele pediu ao Estado garantias de segurança, independentemente da assinatura de um acordo de paz entre o governo colombiano e as Farc nos diálogos que acontecem desde 2012 em Havana e que buscam saídas negociadas ao conflito armado interno.

“Com ou sem acordo com as Farc e o ELN, a nação deve reunir esforços para apoiar esta indústria”, assinalou.

O Exército de Libertação Nacional (ELN), a segunda guerrilha do país, está desde janeiro passado em diálogos “exploratórios” com o governo para iniciar um processo de paz semelhante ao que é realizado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Nos últimos meses a infraestrutura petrolífera sofreu vários ataques, especialmente contra oleodutos e caminhões-pipa nos departamentos de Arauca e Norte de Santander, que fazem fronteira com a Venezuela, e em Putumayo, na fronteira com o Equador.

Caravanas de caminhões-pipa que transportam petróleo foram obrigadas pelos guerrilheiros a jogá-lo nas estradas, derrames que afetam lençóis freáticos de onde as povoações próximas se abastecem.

De outro lado, Lloreda, citado em comunicado da ACP, disse que “o auge do petróleo e o gás não acabou, mas é necessário ir a buscá-lo e produzi-lo”.

Acrescentou que os desafios da indústria petrolífera estão em aumentar as reservas, interromper a queda na produção de petróleo, e melhorar a infraestrutura e a segurança no transporte.

Por último, destacou a necessidade de combater as manifestações de ilegalidade como o contrabando de combustível e a falsificação de óleos lubrificantes. EFE

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