Atentado do EI contra mesquita na Arábia Saudita mata 21 pessoas

  • Por EFE
  • 22/05/2015 15h56

Em comunicado divulgado em fóruns jihadistas EFE Arábia Saudita Ataque Estado Islâmico

Pelo menos 21 pessoas morreram e 100 ficaram feridas nesta sexta-feira em um atentado suicida reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico em uma mesquita do povoado de Al Qadih, na província de maioria xiita de Al Qatif, no leste da Arábia Saudita.

O Ministério da Saúde explicou em comunicado que 50 feridos já tiveram alta e os demais continuam recebendo tratamento. Ainda conforme o órgão, o suicida detonou o cinto de explosivos que escondia na roupa na mesquita de Bin Imame Ali Abi Talib.

O atentado ocorreu durante a oração do meio-dia da sexta-feira, a mais importante para os muçulmanos, por isso o templo estava repleto de fiéis. Algumas fotos divulgadas nas redes sociais mostram o corpo do suposto suicida, assim como muitas manchas de sangue no chão e ambulâncias retirando os feridos.

Em comunicado divulgado em fóruns jihadistas, o EI diz que “o irmão mártir Abu Amr al Nashdi entrou com seu cinto explosivo em uma concentração de xiitas infiéis em um templo de Al Qadih”. Dirigindo-se à comunidade xiita, o EI ameaçou proporcionar “dias negros” e jurou que seus soldados “não descansarão até expulsar todos os infiéis da Península Arábica”.

Em novembro do ano passado, uma gravação atribuída ao dirigente do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Bagdadi, fez uma convocação à guerra na Arábia Saudita. Ele ordenou os sauditas a se rebelarem, entre outros, contra os xiitas de seu país, a família governante Al-Saud e os soldados sauditas.

No mesmo mês foi realizado um ataque contra uma mesquita xiita na população de Al Daluh, na província de Al Ahsa, que causou a morte de oito pessoas.

A polícia saudita anunciou posteriormente a prisão de 77 pessoas supostamente envolvidas no ataque e que seguiam ordens do EI.

As províncias orientais de Al Ahsa e Al Qatif pertencem à região de Al Sharquiya e são de maioria xiita. Esta comunidade representa cerca de 10% da população saudita – predominantemente sunita – e se queixa de sofrer discriminação e marginalização legais.

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