Ban Ki-moon condena ataque a escola e confirma morte de equipe da ONU

  • Por Agencia EFE
  • 24/07/2014 15h21

Nações Unidas, 24 jul (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se declarou nesta quinta-feira “horrorizado” com o ataque que atingiu uma escola de Gaza administrada pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) e confirmou que entre as vítimas há funcionários dessa agência.

O ataque à escola, na área de Beit Hanoun, no norte de Gaza, deixou pelo menos 17 mortos e mais de 200 feridos. No local, mais de 1.500 pessoas encontraram refúgio, segundo informaram testemunhas.

“Estou horrorizado com as notícias de um ataque a uma escola de UNRWA, em Gaza do norte, onde centenas de pessoas haviam se refugiado”, afirmou Ban em comunicado datado no Iraque, onde se encontra de visita, e que foi distribuído por seu escritório de imprensa.

Ban acrescentou que pelo ataque “morreram muitos, incluindo mulheres e crianças, e também funcionários da ONU”, sem detalhar números.

O secretário-geral da ONU não apontou responsabilidades diretas pelo ataque e assinalou que as circunstâncias “ainda não são claras”.

Testemunhas em Gaza disseram que os projéteis que caíram na escola da UNRWA procediam de Israel, enquanto o exército do país assegurou que os foguetes foram lançados pelo movimento islamita Hamas.

Em seu comunicado, Ban lembrou que veio pedindo a Israel que utilize um “cuidado especial” para evitar qualquer ataque às instalações da ONU de Gaza às quais estão chegando refugiados, enquanto condenou o Hamas pelo lançamento de foguetes.

“Mais de 100 mil habitantes de Gaza, 5% da população total, buscaram refúgio em instalações de UNRWA”, lembrou o secretário-geral da ONU.

“Novamente insisto que todas as partes devem cumprir com suas obrigações sob as leis humanitárias internacionais para respeitar a grande importância da vida humana, a inviolabilidade das instalações da ONU e suas obrigações com os trabalhadores humanitários”, acrescentou.

“O ataque de hoje – afirmou Ban – ressalta a necessidade imprescindível de parar esse massacre, e pará-lo já”. EFE

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