Bispos católicos cubanos destacam “nova fase” na relação entre Cuba e EUA

  • Por Agencia EFE
  • 18/12/2014 01h47

Havana, 17 dez (EFE).- A Conferência dos Bispos Católicos de Cuba (COCC) destacou nesta quarta-feira a “nova fase” na relação entre Cuba e Estados Unidos depois do anúncio de sua normalização realizado pelos presidentes dos dois países e expressou sua “gratidão especial” ao papa Francisco como “gerente importante” desse acontecimento.

“Conhecemos as importantes declarações do presidente de Cuba, Raúl Castro, e do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que marcam uma nova fase na relação entre nossos dois países”, referiram os bispos cubanos em um comunicado divulgado nesta quarta-feira no site da COCC.

A conferência expressou sua “gratidão especial” ao papa Francisco, que foi reconhecido pelos “dois estadistas (Raúl Castro e Barack Obama)” como “gerente importante de um anseio que agora se torna realidade”.

“Agradecemos ao Senhor, já nas vésperas do Natal, que novos horizontes de esperança iluminem a vida do povo cubano, pois a distensão e as boas relações entre povos tão próximos são o fundamento de um futuro promissor”, acrescentou a hierarquia católica cubana na nota.

Manifestaram sua confiança de que a vontade demonstrada pelos presidentes contribua “para o bem-estar material e espiritual” do povo cubano.

Além disso, consideraram o reencontro dos três agentes cubanos, que estavam presos nos Estados Unidos, com sua pátria e familiares e a libertação do prisioneiro americano Alan Gross, que também pôde se reencontrar com os seus ao retornar hoje a seu país, como um “gesto humanitário”.

A Igreja Católica cubana abriu em 2010 um inédito diálogo com o governo de Raúl Castro, que propiciou a libertação de dezenas de presos políticos no país e trouxe uma nova fase de distensão em suas relações, após décadas de altos e baixos desde o triunfo da Revolução em 1959.

Raúl Castro e Barack Obama surpreenderam o mundo nesta quarta-feira com o anúncio histórico de restabelecer as relações diplomáticas que tinham sido interrompidas em 1961, e da libertação de presos políticos em ambos os países. EFE

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