Brasil decide nas urnas amanhã o rumo do país nos próximos 4 anos

São Paulo, 25 out (EFE).- O Brasil concluiu neste sábado a preparação para as eleições de amanhã, quando 142,8 milhões de eleitores retornarão às urnas para escolher em segundo turno o presidente do país e 14 dos 27 governadores nos próximos quatro anos.

Os brasileiros decidirão o rumo de um país polarizado entre a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, e Aécio Neves, candidato pelo PSDB, que nas últimas semanas protagonizaram uma combativa campanha eleitoral na qual sobraram ataques pessoais, falsas acusações, provocações e ofensas.

Segundo as últimas pesquisas do Datafolha e do Ibope, Dilma tem uma vantagem entre seis a oito pontos percentuais nas intenções de voto contra Aécio.

No entanto, a campanha do candidato do PSDB mostrou na sexta-feira, em sua propaganda eleitoral na televisão, uma pesquisa do Instituto Veritá, que o mostra como vencedor das eleições de domingo com 53% dos votos contra 48% da petista.

A acirrada disputa levou os candidatos a elevar o tom dos discursos para tentar conquistar os votos dos indecisos. Os brasileiros usarão 532 mil urnas eletrônicas, distribuídas em 450 mil zonas eleitorais nos 27 estados do país, para escolher o novo presidente.

Do total de urnas, cerca de 72 mil contam com tecnologia biométrica e serão utilizadas em mais de 760 cidades nas quais já foram registradas as impressões digitais dos eleitores.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confia que os problemas com o sistema de voto por impressões digitais ocorridos no primeiro turno não se repetirão.

O TSE calculou que cada eleitor demorará uma média de 18 segundos para votar nas urnas convencionais dos estados nos quais o governador já foi definido e 42 segundos onde já está instalado o sistema biométrico.

Em 13 estados e no Distrito Federal, onde o governador ainda não foi eleito, os cidadãos demorarão 29 segundos nas urnas convencionais e 53 segundos nas que usam a impressão digital.

Para garantir a segurança durante a votação, cerca de 15 mil militares atuarão em 280 municípios de 15 dos 27 estados brasileiros considerados como vulneráveis pelas autoridades. No primeiro turno, 30 mil militares foram mobilizados em 342 municípios.

Em 89 das 280 localidades com presença militar, os soldados auxiliarão no transporte e instalação das urnas eletrônicas, principalmente em áreas de difícil acesso no Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima.

Nos demais municípios, entre eles o Rio de Janeiro, eles terão a missão de reforçar a segurança pública e garantir a votação.

Cerca de 3 mil militares que atualmente ocupam as favelas do Complexo da Maré, um conjunto de bairros na zona norte da cidade antes dominado por traficantes, também atuarão na garantia do direito ao voto na região.

De acordo com o TSE, as zonas eleitorais serão abertas às 8h e fechadas às 17h. No entanto, por causa das diferença de fuso horário, há estados onde a votação será encerrada três horas depois, às 20h (horário de Brasília).

Nesse momento, os institutos de pesquisa poderão divulgar pesquisas de boca de urna. Começam a sair também as primeiras parciais do resultado oficial, divulgadas pelo TSE. EFE

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