Brasil e Argentina buscam promover diálogo entre Colômbia e Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 04/09/2015 17h39

Bogotá, 4 set (EFE).- As presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner, querem promover o diálogo para superar a crise entre Colômbia e Venezuela, com uma visita de seus chanceleres a Bogotá e Caracas, informaram fontes diplomáticas colombianas nesta sexta-feira.

Em comunicado, a chancelaria colombiana indicou que a ministra das Relações Exteriores do país, María Ángela Holguín, recebeu nesta sexta-feira seus colegas, o brasileiro Mauro Vieira e o argentino Héctor Timerman.

Os ministros viajaram ao país para “conhecer mais de perto a situação na fronteira entre Colômbia e Venezuela e expressar sua disposição para promover um diálogo entre as duas nações”, segundo a nota, que acrescentou que os chanceleres “querem contribuir para solucionar os problemas humanitários e econômicos” na região.

Vieira e Timerman confirmaram que também viajarão a Caracas, “com os mesmos objetivos” da visita à Colômbia.

“Os ministros Vieira e Timerman pretendem promover e aprofundar o diálogo entre as partes devido à importância que atribuem à unidade da região e à solução pacífica e negociada das diferenças”, acrescentou o comunicado.

Além disso, o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia confirmou que Vieira entregou à ministra colombiana uma carta de Dilma endereçada ao presidente do país, Juan Manuel Santos.

Brasil e Argentina fizeram parte dos 11 países que se abstiveram na última segunda-feira de apoiar o pedido da Colômbia de convocar os chanceleres dos 34 países da Organização dos Estados Americanos (OEA) para analisar a crise na fronteira com a Venezuela.

Durante a sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA, realizado em Washington (EUA), Equador, Bolívia, Nicarágua, Argentina e Brasil apoiaram a postura da Venezuela, que rejeitou a proposta da Colômbia com o argumento de que essa organização tem uma “lamentável e frustrante história perante situações complexas entre os Estados-membros”.

Além de Brasil e Argentina, também se abstiveram Granada, Panamá, República Dominicana, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago, Antígua e Barbuda e Belize.

Há mais de duas semanas a principal passagem fronteiriça entre Colômbia e Venezuela permanece fechada por ordem do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, com o argumento de combater o contrabando e o paramilitarismo nessa região.

Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), 15.175 colombianos retornaram por conta própria ao país, procedentes da Venezuela, desde o início da crise fronteiriça, aos quais se somam pelo menos 1.355 deportados. EFE

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