Cameron classifica assassinato de Nemtsov de “cruel”

  • Por Agencia EFE
  • 28/02/2015 09h10

Londres, 28 fev (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, condenou neste sábado o assassinato do líder opositor russo Boris Nemtsov, que qualificou de “cruel”.

Em declaração divulgada hoje, Cameron disse que o assassinato do que fora vice-primeiro-ministro russo deve ser “totalmente investigado, rapidamente e de maneira transparente, e os responsáveis devem ser levados perante a Justiça”.

O chefe do governo afirmou se sentir “comovido” pelo assassinato de Nemtsov, que foi qualificado como um homem de “coragem e convicção”, “muito admirado no Reino Unido”.

“Boris Nemtsov está morto, mas os valores que defendeu nunca morrerão”, acrescentou o político conservador.

“Sua vida foi dedicada a falar incansavelmente a favor do povo russo, em exigir seu direito à democracia e à liberdade sob o Estado de direito, e em pôr fim à corrupção. Fez isso sem temor e nunca cedeu à intimidação”, acrescentou.

“A coragem da vida de Nemtsov contrasta com a total covardia de seu assassino. Envio minhas condolências à família e aos amigos de Boris Nemtsov. O povo russo fica privado de um campeão de seus direitos”, ressaltou o chefe do governo britânico.

Antes, o Ministério britânico das Relações Exteriores tinha pedido que os responsáveis do assassinato sejam levados perante a Justiça.

Em comunicado, uma porta-voz das Relações Exteriores disse que o governo está “comovido” e “entristecido” pelo assassinato de Nemtsov, que recebeu pelo menos quatro disparos pelas costas.

“Nossos pensamentos estão com sua família e enviamos nossas condolências. Deploramos este ato criminoso. Os responsáveis devem ser levados perante a Justiça. Vamos seguir a situação muito de perto”, acrescentou a fonte do Foreign Office.

O político -número dois do governo russo em 1998, durante a presidência de Boris Yeltsin- foi baleado desde um carro quando passeava perto do Kremlin, acompanhado de uma jovem procedente da Ucrânia, de acordo com os meios de comunicação russos. EFE

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