Cameron volta a dizer que Reino Unido “é melhor dentro da UE”

  • Por Agencia EFE
  • 19/06/2016 18h11
EFE/Facundo Arrizabalaga David Cameron comemora vitória dos conservadores nesta sexta (08); ele é primeiro-ministro desde 2010

A quatro dias do crucial referendo europeu, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, reiterou neste domingo sua convicção de que o Reino Unido “é melhor, mais forte e mais seguro” dentro da União Europeia (UE) e alertou sobre as consequências econômicas caso o não (“Brexit”) vença.

Em um programa especial de perguntas ao primeiro-ministro feito pela emissora pública de TV “BBC”, o premier respondeu a questões colocadas pelo público sobre temas como economia, imigração e emprego.

A participação de Cameron, que durou 45 minutos, aconteceu no dia em que ambos os lados retomaram os atos da campanha, após a paralisação de três dias pelo assassinato, na quinta-feira passada, da deputada trabalhista Jo Cox atacada por um homem de 52 anos com supostos problemas mentais. Em alusão ao trágico fato, Cameron disse que os políticos deveriam responder ao falecimento do parlamentar garantindo que “o ódio e a intolerância” são mantidos fora do debate sobre a Europa.

No programa da “BBC”, Cameron advertiu novamente que a economia britânica “sofrerá” caso a opção da saída do bloco comum se concretize na próxima quinta-feira.

“Estou absolutamente convencido de que nossa economia sofrerá se sairmos. Haverá menos crescimento e menos trabalho para os britânicos”, ressaltou ele, que insistiu em que o referendo é uma decisão “sem retorno”, por isso os cidadãos devem “pensar com muito cuidado para onde querem ir”.

Ele voltou a dizer que “não se ganha dinheiro saindo da UE”, e que a economia irá encolher.

“Certamente o Reino Unido sobreviverá fora da UE, mas seremos piores; sofreremos economicamente”, enfatizou.

Em outra parte do programa, o chefe do Executivo observou que a UE é “melhor” na hora de combater a ameaça do terrorismo do grupo jihadista Estado Islâmico.

“Acredito que os terroristas querem nos prejudicar, querem que os países ocidentais fiquem divididos. Não querem que o Reino Unido e a França e Bélgica e Alemanha trabalhem juntos para combater o terrorismo. Eles querem ver como nos separamos”, argumentou.

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