Casa Branca afirma que Trump “não está surpreso” com vitória de Putin

  • Por Agência EFE
  • 19/03/2018 16h40
EFE Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a insinuar que Putin estivesse por trás do atentado ao espião Sergei Skripal

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não se surpreendeu por Vladimir Putin, ter conseguido no último domingo (18), a reeleição para um novo mandato de seis anos na Rússia, afirmou nesta segunda-feira a Casa Branca.

“Não estamos surpresos pelo resultado” das eleições russas, disse um porta-voz da Casa Branca, Hogan Gidley, em declarações a jornalistas a bordo do avião que levava Trump ao estado de New Hampshire.

O porta-voz não quis fazer mais comentários sobre a vitória de Putin e disse que, por enquanto, não há planos de programar uma conversa telefônica entre Trump e o presidente russo.

Putin foi reeleito para um quarto mandato de seis anos, em teoria o último, com uma arrasadora vitória na qual obteve mais de 76% dos votos, e que interpretou como um respaldo aos seus 18 anos de gestão e um cheque em branco para manter o mesmo rumo.

Isso inclui o desenvolvimento do novo arsenal nuclear russo, que supostamente neutralizaria a hegemonia militar dos Estados Unidos, embora Putin tenha assegurado hoje que dedicará seus principais esforços à política interna.

“Não permitiremos nenhuma corrida armamentista. Temos tudo o que necessitamos. Pelo contrário, nos dispomos a entabular relações com todos os países do mundo de tal forma que sejam construtivas”, afirmou Putin, ao receber seus rivais nas eleições presidenciais.

Apenas duas semanas depois de amedrontar o mundo com imagens do resultado de 10 anos de rearmamento, Putin antecipou que planeja “reduzir a despesa em Defesa neste ano e no próximo”.

Sua vitória aconteceu durante uma nova escalada da tensão diplomática com Ocidente pelo envenenamento no Reino Unido do ex-espião Sergei Skripal, pelo qual o governo britânico acusa a Rússia.

Trump disse na semana passada que “parece” que Putin está por trás do ataque contra Skripal, e emitiu uma declaração conjunta de condenação junto à primeira ministra britânica, Theresa May; o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

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