Chega a 8.259 o número de colombianos que saiu da Venezuela

Bogotá, 29 ago (EFE).- O total de colombianos que deixou a Venezuela desde o início da crise na fronteira entre ambos países chegou 8.259 pessoas, entre deportados e cidadãos que saíram voluntariamente, conforme recentes dados do governo da Colômbia.

De acordo com o posto de comando unificado que o Executivo colombiano mantém na fronteira, fechada parcialmente desde a meia-noite de 19 de agosto, 1.097 foram deportados pela Venezuela e 7.162 abandonaram o país vizinho pelo medo de viver a mesma situação. Há ainda os 2.333 colombianos que permanecem em albergues habilitados para recebê-los.

Na cidade colombiana de Cúcuta, principal passagem de fronteira para a Venezuela, se concentra a maior parte da assistência humanitária para os colombianos, que chegam com os poucos móveis e utensílios que conseguem carregar.

A crise começou depois que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o fechamento da passagem alegando um ataque de contrabandistas a um grupo de militares venezuelanos. Além disso, o líder denunciou a presença de supostos paramilitares colombianos na região e estabeleceu uma luta contra o contrabando.

A ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Ángela Holguín, foi hoje a Cúcuta para ver como estão se desenvolvendo os trabalhos de assistência humanitária.

Ao fechamento entre Cúcuta e San Antonio (Venezuela) se soma o estado de exceção decretado ontem por Maduro em quatro municípios venezuelanos do estado de Táchira que servem como pontos alternativos de passagem. Com esta nova ordem são já dez os municípios fechado na fronteira entre ambos os países por decisão do líder venezuelano.

Colômbia e Venezuela compartilham uma fronteira de 2.219 quilômetros com três postos migratórios terrestres em Paraguachón (La Guajira), Cúcuta (Norte de Santander) e Arauca (Arauca), além de um fluvial em Puerto Carreño (Vichada). As demais são passagens ilegais, muitas delas dentro de florestas. EFE