Ciberataques afetam 74 países; sites do MP e TJ-SP saem do ar por precaução

74 países foram atingidos pelo ciberataques nesta sexta-feira

A companhia de antivírus russa Kaspersky Lab ZAO estima que 74 países foram afetados pelo ataque cibernético desta sexta-feira, sendo que o mais prejudicado deles é a Rússia. Outra companhia de antivírus, a Avast Software, confirmou que o problema atingiu computadores também nos Estados Unidos e que mais de 57 mil amostras do problema foram detectadas, em países como Ucrânia e Taiwan.

Os hackers utilizaram o vírus de resgate (ransomware) para realizar os ataques, inutilizando o sistema ou os dados de empresas e instituições, além de mostrar uma mensagem na tela exigindo o pagamento de um resgate para que o quadro seja revertido. “Até o momento registramos 45 mil ataques em 74 países. As cifras continuam aumentando inusitadamente”, disse Costin Raiu, diretor da Kaspersky Lab ZAO.

O ataque aparentemente explora uma vulnerabilidade do Windows para a qual a Microsoft divulgou uma resolução, em 14 de março. Vários especialistas em segurança cibernética disseram que a mesma vulnerabilidade foi atacada no código divulgado em abril por um grupo de hackers chamado “Shadow Brokers”, que disse que esse código havia sido roubado da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos EUA.

Os primeiros registros de ataques virtuais aconteceram na Europa. Na Inglaterra, computadores de vários hospitais pelo país foram atingidos, vindo a ser congelados, paralisando alas, fechando salas de emergência e interrompendo o atendimento e tratamento de pacientes. Na Espanha, o ataque causou problemas disseminados entre as companhias que tiveram os sistemas infectados.

No Brasil, ainda não houve registros de ataques, mas o efeito foi sentido em algumas empresas e entidades. O Tribunal de Justiça de São Paulo, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo e o Ministério Público do Estado de São Paulo, por exemplo,tiraram seus sites do ar por precaução. O objetivo dos órgãos foi garantir a segurança das informações. Dentre as empresas afetadas pelos ciberataques estão a Telefônica/Vivo, em São Paulo.