Coalizão árabe nega ter desdobrado forças terrestres em Áden

  • Por Agencia EFE
  • 03/05/2015 10h35

Riad, 3 mai (EFE).- O porta-voz da coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, Ahmed al Asiri, negou neste domingo que tenham sido desdobrados soldados terrestres na cidade de Áden, no sul do Iêmen, como tinham apontado responsáveis das forças iemenitas sulinas.

O general saudita disse em comunicado, divulgado pelos meios de comunicação sauditas, que é a milícia “Resistência Popular” -integrada por combatentes tribais leais ao presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi- que combate em Áden contra os rebeldes houthis.

Al Asiri afirmou que não há forças da coalizão combatendo em Áden, só os milicianos da “Resistência Popular”, com o apoio das brigadas do Exército iemenita que respaldam Hadi.

O porta-voz também indicou que a coalizão anunciará qualquer ação militar.

Em oposição a esta versão, um responsável da forças sulinas leais a Hadi explicou à Agência Efe que tinha desembarcado em Áden um contingente limitado de forças da coalizão.

A fonte disse que aparentemente trata-se de uma força de elite, que agora avança junto a combatentes sulinos rumo aos bairros de Dar Saad e Sheikh Ozman, no acesso norte de Áden, onde estão apostados os houthis.

Este responsável local iemenita insistiu após o desmentido de Al Asiri que o contingente veste uniformes diferentes aos usados pelas forças locais, mas que poderia se tratar de soldados iemenitas -não estrangeiros- adestrados pela coalizão.

Os grupo rivais combatem em Áden -uma cidade estratégica onde estabeleceu Hadi sua base antes de fugir a Riad- desde o início dos bombardeios da coalizão em 26 de março.

Em 21 de abril, a aliança deu por finalizada a operação “Tempestade de Firmeza”, que consistiu nos bombardeios, e anunciou uma nova operação batizada como “Devolução da Esperança”, que tem como objetivo reconstruir o Iêmen.

No entanto, desde então a aviação árabe seguiu bombardeando certas zonas do país onde estão presentes os insurgentes houthis, ao mesmo tempo que continuam os combates entre os grupos rivais, principalmente nas províncias do sul. EFE

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