Com novos sismos e dificuldades no resgate, Nepal continua contando mortos

  • Por com EFE
  • 26/04/2015 21h10
26/04: 25h após terremoto EFE Terremoto sacode Nepal e deixa danos; veja imagens

O terremoto de 7,8 graus na escala Richter que devastou ontem uma ampla área do Nepal deixou pelo menos 3.700 mortos e mais de 6.000 feridos. Um segundo tremor de 6,7 graus aterrorizou os nepaleses neste domingo (26) e dificultou os trabalhos de resgate.

O fenômeno devastou grande parte do vale central do Nepal deixando casas destruídas, estradas destroçadas e as telecomunicações e conexões elétricas muito danificadas.

Apenas na capital nepalesa há mais de mil de mortos, segundo fontes oficiais. O devastador terremoto afetou ainda os países próximos e causou a morte de 62 pessoas no norte da Índia, 18 na China e uma em Bangladesh.

Após uma noite fria na qual boa parte dos cidadãos da capital nepalesa dormiu na rua, o país mergulhou nos trabalhos de remoção de escombros para tentar resgatar possíveis sobreviventes. Por indicação do governo, as pessoas deveriam ficar em lugares abertos por pelo menos 24 horas depois do primeiro abalo.

No final do dia, foi realizada uma cerimônia de cremação coletiva em frente ao templo Pashupatinath, na capital Katmandu.

Este é o terremoto de maior intensidade em quase 80 anos no país e o pior que viveu a região em uma década, desde que em 2005 um sismo causou uma tragédia de grandes proporções na Caxemira, com um balanço de mais de 84.000 mortos.

Segundo tremor

Durante a manhã de domingo (26), um novo terremoto de 6,7 graus na escala Richter aterrorizou os moradores de Katmandu, onde se produziram cenas de pânico com pessoas correndo para o centro das ruas para se proteger de possíveis quedas de edifícios, segundo a imprensa local. Os trabalhos de resgate foram paralisados por algumas horas.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou que a réplica teve seu epicentro 81 quilômetros ao leste da capital nepalesa.

Na última hora do dia, a chegada da chuva dificultou os trabalhos de remoção de escombros.

Membros do exército indiano estiveram hoje nas ruas da capital nepalesa ajudando nos trabalhos de resgate e helicópteros sobrevoaram a área. As aeronaves estão colaborando no resgate dos montanhistas presos no Everest como consequência das avalanches que se seguiram ao terremoto do sábado e que deixaram 22 mortos e 217 desaparecidos, de acordo com a imprensa local.

O secretário adjunto de Turismo, Suresh Acharya, afirmou que 32 pessoas foram resgatadas nessa região e 29 estão sendo tratadas no hospital da cidade de Lukla, próxima ao Everest.

Sushil Koirala, primeiro-ministro do Nepal, conseguiu retornar hoje a seu país de Jacarta, onde estava em viagem oficial, e pediu “unidade” a seus compatriotas perante o “grande desastre” que sofreu sua nação. Ele agradeceu ainda a ajuda oferecida por países como Estados Unidos, China, União Europeia, Rússia, Paquistão e Índia.

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