Combates impedem novamente acesso ao lugar do desastre do voo MH17

  • Por Agencia EFE
  • 30/07/2014 10h05

Bruxelas, 30 jul (EFE).- Os combates entre as forças ucranianas e os separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia impediram novamente nesta quarta-feira os investigadores internacionais de chegar ao local onde o avião da Malaysia Airlines caiu, informou o chefe da missão de repatriação das vítimas, Pieter-Jaap Aalbersberg.

“Nesta manhã decidimos que não era suficientemente seguro dirigir com os especialistas de Donetsk para o local do acidente do voo MH17. Tomamos a decisão após consultas cuidadosas com a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)”, disse Aalbersberg em um comunicado divulgado em Haia (Holanda).

“Estamos de novo decepcionados porque estamos altamente motivados para realizar nossa missão. Como dissemos anteriormente, consideramos que os familiares têm o direito de recuperar seus entes queridos e seus pertences pessoais”, acrescentou.

Aalbersberg disse que era “frustrante” o fato dos investigadores não poderem chegar ao local do desastre e que se está se pendendo um “tempo valioso para recuperar os restos mortais das vítimas”.

“Não vamos nos dar por vencidos e pretendemos tentar nos próximos dias”, afirmou no entanto o chefe de missão encarregada da repatriação dos cadáveres.

Junto com os analistas da OSCE, os investigadores tentarão chegar amanhã novamente no local onde o Boeing caiu em 17 de julho com 298 pessoas a bordo, supostamente abatido por um míssil disparado de uma região controlado por rebeldes no leste da Ucrânia.

“Amanhã avaliaremos se é suficientemente seguro viajar para o lugar do acidente e se é possível se garantir um entorno seguro para trabalhar”, explicou.

“Infelizmente, a missão está se desenrolando com mais lentidão do que esperávamos, mas seguiremos trabalhando sem descanso para conseguir a repatriação de nossos entes queridos junto com seus pertences”, acrescentou.

O processo de identificação dos corpos está sendo feito na base militar de Hilversum, no norte da Holanda. EFE

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