Combates por controle de represa no Iraque matam 124 radicais islâmicos

(Atualiza número de mortos)

Mossul (Iraque), 26 nov (EFE).- Pelo menos 124 membros do grupo Estado Islâmico (EI) morreram nesta quarta-feira em confrontos com tropas curdas em uma tentativa fracassada de retomada do controle da estratégica represa da cidade de Mossul, no norte do Iraque, informou um dirigente da União Patriótica do Curdistão (UPK).

Segundo o líder da UPK, Gayaz al Suryi, 500 combatentes do EI lançaram duas ofensivas nas últimas 24 horas para reassumir a represa, que fica a 23 quilômetros ao norte de Mossul, segunda maior cidade do país e controlada pelos jihadistas desde o verão.

Com veículos e armamento pesado, eles atacaram os chamados “peshmergas” (forças curdas) ontem à noite nas cidades de Sahrish, Eluan e Kerfer, e na região de Yazira al Berkam, em uma ofensiva que se prolongou até a tarde de hoje.

Suryi revelou que a coalizão internacional interveio com ataques aéreos contra os jihadistas, que tentaram tomar o controle dessas regiões, pertencentes ao distrito de Zemar, visando ocupar de novo a represa.

A coalizão internacional informou ontem que seus aviões lançaram mais de 14 ataques aéreos nas cercanias desse reservatório e da cidade de Tal Afar, a oeste de Mossul.

Suryi, que qualificou esses confrontos como alguns dos mais sangrentos travados até agora pelas tropas curdas contra o EI, disse que suas forças tinham resgatado os corpos de 70 jihadistas.

Segundo ele, entre os mortos há um grande número de combatentes estrangeiros, entre eles árabes – sobretudo tunisianos e sauditas-, além de turcos, uzbeques e chechenos.

O dirigente curdo também declarou que os peshmergas tinham destruído 14 veículos militares dos extremistas islâmicos e aprisionado outros dez.

Entre os soldados curdos, 11 ficaram feridos nos combates, alguns com gravidade. Os peshmergas retomaram a represa no dia 16 de agosto após ela ser controlada durante mais de 20 dias pelos jihadistas.

A represa de Mossul, uma das maiores do Iraque e a quarta maior do Oriente Médio, fica no norte da bacia do rio Tigre. EFE