Confrontos em Benghazi matam 3 soldados do governo reconhecido da Líbia

  • Por Agencia EFE
  • 29/08/2015 13h20

Trípoli, 29 ago (EFE).- Pelo menos três soldados leais ao governo internacionalmente reconhecido da Líbia morreram na noite de sexta-feira após um enfrentamento contra os rebeldes na cidade de Benghazi, no norte do país.

Fontes médicas e de segurança explicaram neste sábado que os confrontos mais intensos ocorreram em Sidi Hussein, no oeste da cidade, onde forças comandadas pelo general Khalifa Hafter, chefe do Exército do governo de Tobruk (internacionalmente reconhecido), enfrentaram milicianos do grupo islamita Majlis al Shura.

Três soldados de Hafter morreram e outros dois ficaram feridos após passarem com um veículo blindado sobre uma mina terrestre no bairro de Umm Mabrouka, também no oeste de Benghazi.

Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia, é palo de violentos combates desde maio de 2014, quando Hafter deu início à ofensiva Al Kamara com carros de combate, artilharia pesada e ataques regulares das Forças Aéreas da Líbia para tentar expulsar os rebeldes.

Segundo o governo local, grande parte da população fugiu da cidade, que sofre escassez de alimentos essenciais e serviços básicos devido ao prolongamento do confronto.

A Líbia é vítima do caos e da guerra civil desde 2011, quando forças rebeldes apoiadas militarmente pela comunidade internacional conseguiram derrubar o regime ditatorial de Muammar Kadafi.

Desde então, o país está dividido entre um governo rebelde em Trípoli e outro internacionalmente reconhecido em Tobruk. Ambos lutam pelo poder apoiados por membros do antigo regime, islamitas, líderes tribais e senhores da guerra.

O enfrentamento é aproveitado por grupos jihadistas, que nos últimos meses ganharam territórios, poder e influência no país, estendendo a instabilidade e a insegurança em todo norte da África. EFE

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