Congresso dos EUA prorroga financiamento da Segurança Nacional em uma semana

  • Por Agencia EFE
  • 28/02/2015 02h49

Washington, 27 fev (EFE).- A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deu sinal verde na noite desta sexta-feira para a prorrogação em uma semana do financiamento da Segurança Nacional, aprovada antes pelo Senado, o que evita a paralisação parcial deste estratégico departamento, cujos recursos expiravam na meia-noite local de hoje (2h de Brasília do sábado).

Só falta agora a assinatura presidencial para garantir a liquidez da principal agência de segurança do país, cujo orçamento ficou atrelado à batalha partidária pelas medidas migratórias do presidente Barack Obama, que regularizariam temporariamente mais de 5 milhões de imigrantes ilegais.

Com 357 votos a favor e 60 contra, a Câmara dos Representantes evitou no último momento que a agência de segurança mais importante do país sofresse em uma paralisação parcial, o que tinha despertado grande preocupação no país.

O Senado aprovou essa medida uma hora antes com a esperança de que a Câmara dos Representantes fizesse o mesmo, mas não havia nada garantido, especialmente depois que a Câmara rejeitou, pouco antes, um recurso temporário para estender o financiamento do departamento durante três semanas, por 224 votos contra e 203 a favor.

Essa medida encontrou a oposição dos legisladores democratas, que não querem um projeto de financiamento que não se estenda até o final do ano fiscal, no dia 30 de setembro.

Além disso, a proposta teve a rejeição dos ultraconservadores do Tea Party, que se opõem a qualquer lei que não inclua emendas para bloquear a regularização de mais de 5 milhões de imigrantes anunciada pelo presidente.

À espera do que ocorreria no Capitólio esta noite, Obama se reuniu com o secretário de Segurança Nacional, Jeh Johnson, para discutir de que forma seria possível garantir o funcionamento dos serviços essenciais em um cenário de paralisação parcial.

Se tivesse ficado sem recursos, cerca de 200 mil funcionários do Departamento de Segurança Nacional (DHS, em inglês) seriam obrigados a comparecer a seus postos de trabalho sem salário, enquanto outros 30 mil empregados não essenciais seriam dispensados de suas funções e ficariam sem receber salário até a aprovação do financiamento.

Os republicanos escolheram o orçamento do DHS, com competência em imigração, para seu contra-ataque às medidas executivas que Obama tomou em novembro diante do bloqueio conservador a sua prometida reforma migratória.

A estratégia começou a ser elaborada em dezembro, durante a negociação do orçamento do governo federal, que financia todas as agências até o fim de setembro de 2015, exceto o DHS, cujos recursos expirariam em 27 de fevereiro.

No entanto, os republicanos das duas Casas terminaram divididos na execução desse plano, com os senadores dispostos a aprovar uma lei de financiamento do DHS “limpa” e a votar as medidas migratórias separadamente, e os congressistas da Câmara dos Representantes contrários ao que consideram uma concessão aos democratas. EFE

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