Constituinte venezuelana atuará contra quem não respeitar controle de preços

  • Por Agência EFE
  • 20/08/2017 14h00
EFE Maduro prometeu aplicar "justiça muito severa" a quem desrespeitar regras

A Assembleia Nacional Constituinte instaurada pelo oficialismo na Venezuela tomará medidas para que o controle de preços no país seja respeitado e aplicará uma “justiça muito severa” a quem burlar esses regulamentos, anunciou neste domingo o presidente, Nicolás Maduro.

“Uma comissão especial da Constituinte está trabalhando diretamente comigo e na próxima semana, que começa amanhã (segunda-feira), será informado um conjunto de ações para que se respeite o preço máximo dos produtos e um conjunto de ações de justiça, digamos, muito severa, que vão sacudir a sociedade”, disse.

Em entrevista ao jornalista José Vicente Rangel no canal “Televen”, Maduro lembrou que não “treme o pulso” ao tomar medidas deste tipo e acusou os comerciantes de utilizarem a cotação do dólar “criminoso” para inflacionar os preços dos produtos e lucrar às custas do povo.

O governante fez referência ao dólar vendido no mercado paralelo em câmbio não regulado, à margem das taxas do bolívar estabelecidas pelo governo venezuelano.

“Eu peço ajuda, apoio, e quem não apoiar cairá na lei de todos os setores econômicos. Eu posso provar, produto por produto, a cada comerciante deste país como eles se apoiam em um dólar criminoso para prejudicar a própria sociedade, a própria economia, e isso vai acabar”, afirmou Maduro.

O presidente afirmou que esta “batalha pela produtividade”, “pela distribuição justa dos produtos”, fará com que “não haja mais escassez”. Segundo Maduro, esta é a “batalha mais dura” da revolução bolivariana, iniciada em 1999 por Hugo Chávez.

A Venezuela sofre uma escassez generalizada de diversos alimentos e outros produtos básicos como medicamentos, além de ter uma das inflações mais altas do mundo.

O Estado venezuelano monopoliza o fluxo de moedas sob um controle de câmbio desde 2003 e acentuou os filtros para a cotação destas moedas nos últimos cinco anos devido à crise econômica no país, agravada pela queda dos preços do petróleo.

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