Dilma diz que acordo em Paris deve “levar em conta os países mais vulneráveis”

  • Por EFE
  • 30/11/2015 12h16

Presidente Dilma disse que acordo deve "levar em conta os países mais vulneráveis"

EFE/Sergio Barrenechea Obama cumprimenta presidente Dilma no primeiro dia da COP 21 em Paris

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (30), durante a abertura da Cúpula do Clima em Paris (COP21) que, além de um acordo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, é preciso buscar fazer com que isso contribua ao desenvolvimento mundial”.

“Há um sentimento de urgência e temos que dar amostras de liderança. Nossa ação será útil se é coletiva. A melhor maneira de buscar soluções é nos unirmos para encontrar um acordo equitativo, ambicioso e durável”, assinalou Dilma.

Após apostar em um acordo “juridicamente vinculativo”, a presidente brasileira assinalou que “o acordo não pode ser apenas a simples soma das melhores intenções de todos, mas uma nova via para nos comprometermos na luta contra a mudança climática”.

Dilma também indicou que o acordo deve incluir também a ajuda aos países em vias de desenvolvimento e “levar em conta os países mais vulneráveis”.

“As diferenças entre os diferentes países não deve minar nossos objetivos. Os países desenvolvidos têm que buscar outras fontes energéticas e o acordo tem que se dirigir a uma convergência que una as contribuições de todos”, disse.

Dilma disse ser favorável a que o acordo de Paris contenha uma cláusula de revisão periódica e destacou que o Brasil está pronto para enfrentá-lo.

Ela destacou que o país reduziu em 18% a taxa de desmatamento e que estimulou uma agricultura com menos emissões.

Seu governo se comprometeu a reduzir em 43% as emissões até 2030 comparado com as de 2005, um “objetivo ambicioso que vai além da (nossa) parte de responsabilidade de conter a elevação da temperatura”.

À luta contra o desmatamento ilegal, o Brasil se somará ao aumento do peso das energias renováveis, que espera que representem 45% do total em 2030. Mas Dilma indicou que isso “tem que estar associado à erradicação da pobreza e ao fomento de empregos decente”.

“A COP21 será um momento histórico dos esforços para o desenvolvimento do mundo. Paris, que enfrentou grandes transformações ao longo de sua história, tem direito de pôr seu nome no coração desta luta contra um mal que ameaça o planeta”, concluiu.

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