Dinamarca proibirá entrada de religiosos radicais no país

  • Por EFE
  • 31/05/2016 12h50
COP99 COPENHAGUE (DINAMARCA), 26/05/2016.- Fotografía de archivo fechada el 6 de junio de 2014 que muestra un edificio de apartamentos junto a una planta del grupo energético danés DONG en Copenhague, Dinamarca. El grupo danés semipúblico DONG Energy anunció hoy, 26 de mayo de 2016, que espera recaudar hasta 106.500 millones de coronas (14.320 millones de euros) en una oferta pública de venta (OPV) de entre el 15,1 y el 17,4 % de sus acciones, que será lanzada antes del 9 de junio. EFE/MAURITZ ANTIN EFE Copenhagen

O governo da Dinamarca informou, nesta terça-feira (31), que entrou em acordo com outros três partidos para proibir a entrada no país de religiosos estrangeiros radicais, assim como impor sanções penais para aqueles que aprovarem atos criminosos.

As autoridades dinamarquesas criarão duas listas para “religiosos estrangeiros com opiniões e valores que contradigam os valores dinamarqueses fundamentais”: uma pública, com nomes e sobrenomes; e outra “de observação”, que não será divulgada, para cidadãos da União Europeia (UE), aos que não se pode negar a entrada antecipadamente.

“Penso que é de muita coragem que, como país, digamos que não vamos aceitar que qualquer um venha para cá e faremos isso com total abertura, o que vai nos ajudar a nos definir como nação”, declarou a ministra de Integração dinamarquesa, Inger Stojberg, garantindo que seu país é o pioneiro nessa linha.

O governo liberal em minoria alcançou, após dois meses de negociações, o apoio dos conservadores, ultranacionalistas e social-democratas.

As conversas começaram após a divulgação pelo canal “TV2” de um documentário gravado com câmera escondida em várias mesquitas, nas quais os islâmicos defendiam, por exemplo, a violência física contra mulheres adúlteras.

A porta-voz da Aliança Vermelha e Verde Lista Unitária, quarta força parlamentar, Pernille Skipper, ponderou, por outro lado, que a proibição “não é o caminho adequado” e ressaltou que as opiniões extremistas não desaparecem por não serem permitidas.

A criação de listas para religiosos faz parte de um plano anti-radicalização que transformará em violação penal quem defender na educação religiosa o terrorismo, assassinato, violência sexual, incesto e outros atos violentos.

De acordo com o plano, as associações que minam a democracia deixarão de receber o apoio público e o monitoramento em escolas privadas vai aumentar, que formará a base de um projeto de lei que será apresentado no Parlamento.

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