Donald Trump anuncia início de ofensiva contra a Síria

  • Por Jovem Pan
  • 13/04/2018 22h09 - Atualizado em 13/04/2018 22h33
EFE/Olivier Douliery EFE/Olivier Douliery De acordo com o presidente, os EUA têm a companhia de França e Reino Unido nessa ofensiva contra a Síria

Na noite desta sexta-feira (13), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convocou uma coletiva de imprensa para anunciar o início da investida contra a Síria, em resposta ao suposto ataque químico do último dia 7 de abril.

De acordo com o presidente, o ataque já está em andamento e os alvos estão associados ao programa de armas químicas do país asiático.

“Ordenei que as forças armadas dos Estados Unidos lançassem ataques precisos em alvos associados com estabelecimentos de armas químicas do ditador sírio Bashar al-Assad. O mal e o ataque desprezível deixaram mães e pais, bebês e crianças se debatendo de dor e ofegando por ar. Essas não são as ações de um homem. Elas são crimes de um monstro”, disse Trump.

O presidente norte-americano confirmou também que a ofensiva conta com o apoio de França e Reino Unido.

“A resposta combinada americana, britânica e francesa responde a essas atrocidades e integra todos os instrumentos do nosso poder nacional: militar, econômico e diplomático”, garantiu Trump.

Haverá resposta?

A expectativa agora fica por conta do posicionamento da Rússia, um dos principais apoiadores do regime de Al-Assad na Síria. Nos últimos dias, Vladimir Putin e outros figuras do governo russo afirmaram diversas vezes que “responderiam à altura” em caso de algum ataque por parte dos norte-americanos.

Até o momento, não houve nenhum pronunciamento por parte dos russos sobre o anúncio de Donald Trump.

Ataque com gás químico motivou ofensiva

No último sábado (7), um ataque, que teria sido feito com um gás tóxico, deixou dezenas de mortos e feridos na Síria. O grupo rebelde sírio Jaish al-Islam acusou o governo de Bashar al-Assad de lançar um barril-bomba com substâncias químicas contra civis na cidade de Duma, a maior da região de Guta Oriental e um dos últimos redutos dos combatentes que lutam contra o regime de Assad.

Após o incidente, os governos da Síria e da Rússia afirmaram repetidas vezes que não houve um ataque químico cotra civis e estavam dispostos a facilitar uma visita de investigadores da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) para estudar as denúncias.

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