Donald Trump elogia ex-ditador Saddam Hussein por matar terroristas

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/07/2016 14h58
JLX01 NUEVA YORK (ESTADOS UNIDOS) 22/06/2016.- El virtual candidato republicano a la Casa Blanca Donald Trump pronuncia un discurso en el hotel Trump SoHo de Nueva York, Estados Unidos hoy, 22 de junio de 2016. EFE/Justin Lane EFE/Justin Lane Donald Trump - EFE

O virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, elogiou o ex-ditador do Iraque, Saddam Hussein, por matar terroristas.

“Saddam era um cara mau, certo? Mas sabem o que ele fez bem? Ele matou terroristas. Ele era bom nisso”, disse em um comício de campanha na noite de ontem. “Eles não liam (para os terroristas) seus direitos, eles não conversavam. Se fossem terroristas, era o fim.”

Anteriormente, Trump já havia dito que o mundo seria um lugar “100% melhor” caso ditadores como Hussein e o ex-manda-chuva da Líbia, Muammar Kadafi, ainda estivessem no poder. 

Jake Sullivan, conselheiro sênior de Hillary Clinton, criticou as declarações do republicano, afirmando que elas “demonstra o quão perigoso pode ser um presidente índigo de ocupar a posição “

Os comentários de Trump sobre política exterior atraem críticas de dentro do próprio Partido Republicano. Suas declarações críticas à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da presença de tropas em outros países sugerem uma posição isolacionista dentro de um mundo cada vez mais perigoso.

No início de março, mais de 70 experts conservadores, incluindo o ex-secretário de Segurança Nacional, Michael Chertoff, escreveram uma carta aberta em que se opunham à candidatura de Trump, uma indicação de que pode haver uma pequena base de profissionais de segurança nacional dispostos a se engajar em um governo Trump caso ele vença as eleições em novembro.

Eles chamaram o empresário de “fundamentalmente desonesto” e afirmaram que seu apoio ao uso expandido da tortura contra terroristas suspeitos era indesculpável. Eles também criticaram a “retórica de ódio e anti-Islã” do milionário, bem como sua admiração pelo presidente russo Vladimir Putin e seus ataques aos acordos comerciais. Fonte: Associated Press.

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