Egito reforça segurança no Sinai após atentado que deixou 31 soldados mortos

  • Por Agencia EFE
  • 25/10/2014 08h20

Cairo, 25 out (EFE).- O exército do Egito intensificou neste sábado as medidas de segurança no norte da Península do Sinai após o ataque contra um posto de controle militar que causou ontem a morte de pelo menos 31 soldados.

Fontes de segurança disseram à Agência Efe que nas últimas horas o número de mortos, inicialmente em 26, aumentou para 31, enquanto outros 26 militares ficaram feridos.

Para reforçar a presença na região, o exército ampliou o número de postos de controle, mandou reforços e enviou também mais equipamentos e tanques, disseram à Efe fontes na cidade de Al Arish, capital da província do Norte do Sinai. Além disso, está mantido o estado de alerta para evitar novos atentados.

Ontem, um carro-bomba conduzido por um suposto suicida explodiu contra um posto do exército na região de Qaram Al Qawadis, a 25 quilômetros ao leste de Al Arish, causando a morte de 26 soldados.

Na sequência, um enfrentamento entre homens armados e unidades de resgate do exército egípcio acabaram deixando outros cinco militares mortos.

O presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, deve organizar hoje uma reunião com o Conselho Supremo das Forças Armadas para “tomar medidas urgentes no local e em todas as zonas fronteiriças do país”, segundo a agência estatal de notícias “Mena”.

Al Sisi decretou ontem à noite estado de emergência em várias partes do Norte do Sinai e impôs toque de recolher entre as 17h locais (13h em Brasília) até às 7h (3h em Brasília).

As medidas excepcionais serão mantidas durante três meses e, durante esse tempo, as forças egípcias estão liberadas para tomar atitudes que considerem necessárias para enfrentar o terrorismo e garantir a segurança da região, protegendo a vida e as propriedades das pessoas.

Por causa da gravidade desse ataque, o mais sangrento dos últimos anos no Sinai, o Egito decidiu fechar a partir de hoje a passagem de Rafah, que liga o país a Israel. EFE

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