EI pede que moradores de Mossul doem sangue aos jihadistas feridos

  • Por Agencia EFE
  • 21/11/2014 13h21

Mossul (Iraque), 21 nov (EFE).- Um destacado dirigente do grupo Estado Islâmico (EI) e imã da cidade iraquiana de Mossul, o xeque Abdelaziz al Metiuti, pediu nesta sexta-feira aos moradores que doem sangue para os jihadistas feridos pelos bombardeios da coalizão internacional.

O clérigo fez o pedido durante a reza comunitária do meio-dia, realizada na mesquita Qobá, situada no bairro de Sumer, no sul de Mossul.

Em seu discurso, o xeque pediu às pessoas que doem sangue e ajudem os feridos nos hospitais da cidade, “porque se esgotaram as reservas de sangue e os hospitais estão repletos de mujahedins (combatentes islâmicos) feridos, que lutam contra os inimigos de Alá”.

Nesse sentido, o xeque assegurou que os muçulmanos “estão sofrendo um genocídio nas mãos de coalizões que atacam os combatentes em Mossul, das províncias de Al-Anbar e Saladino, e em outras cidades do Iraque”.

Além disso, o clérigo advertiu que as milícias xiitas e curdas e a coalizão internacional entrarão em Mossul com o propósito de “atacar os sunitas e suas zonas para pôr fim a sua resistência”.

Al Metiuti se uniu à organização extremista Al Tauhid wa Al Jihad (monoteísmo e guerra santa) em meados de 2003, depois da entrada das tropas dos EUA no Iraque, e combateu até que foi detido por essas forças em 2004.

Dois anos depois, foi libertado e em 2008 se uniu à rede terrorista Al Qaeda, onde foi designado um de seus líderes.

No ano 2012, foi detido pela polícia em um hospital de Mossul, quando era submetido a uma operação, mas foi deixado em liberdade poucos dias depois em circunstâncias estranhas.

Depois da entrada dos combatentes do EI em Mossul, em junho, o xeque foi nomeado por essa organização juiz da Corte Religiosa jihadista e também imã da mesquita de Qobá.

O Estado Islâmico lançou uma ofensiva relâmpago em junho e dominou amplas zonas do norte e centro do Iraque, e proclamou um califado neste país e na vizinha Síria no final desse mês. EFE

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