ELN anuncia greve armada em departamento onde Farc raptou general colombiano

  • Por Agencia EFE
  • 22/11/2014 22h51

Bogotá, 22 nov (EFE).- A Defensoria Pública da Colômbia expressou neste sábado sua “preocupação” com a circulação de um panfleto no qual o Exército de Libertação Nacional (ELN) anuncia “uma greve armada” no departamento (estado) de Chocó, onde as Farc sequestraram o general do Exército Rubén Darío Alzate.

Segundo um comunicado da Defensoria Pública, o ELN mediante um panfleto que circula na região do Médio San Juan del Chocó decreta uma “greve armada” a partir do dia 25, segunda-feira, até a meia-noite do dia 26.

O texto do ELN proíbe a circulação de veículos e embarcações sob pena de promover atentados contra quem descumprir essas instruções, acrescenta a Defensoria em comunicado.

A Defensoria pede ao Governo e à Polícia para “extremar as medidas de segurança para conter a violência no Pacífico e garantir os direitos dos atemorizados habitantes”.

O departamento de Chocó é palco de um grande aparato militar desde domingo passado quando guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) sequestraram o general Alzate, o cabo Jorge Rodríguez e a advogada Gloria Urrego.

Por estes sequestros, da mesma forma que de outros dois soldados há duas semanas no departamento de Arauca, na fronteira com a Venezuela, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, suspendeu os diálogos de paz com as Farc até que a guerrilha os liberte.

Posteriormente, o Governo e as Farc anunciaram que a guerrilha entregará os cinco sequestrados.

Hoje, Santos disse que “já foram recebidas as coordenadas”.

“Estou dando instruções para facilitar a libertação para a próxima semana”, segundo escreveu o presidente em sua conta no Twitter.

As coordenadas são o ponto geográfico no qual vai acontecer operação humanitária a cargo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), e com esses dados o Governo costuma ordenar a suspensão de operações militares na região para facilitar a entrega dos cativos.

Ainda se desconhece se a greve armada anunciada pelo ELN pode interferir na libertação dos sequestrados de Chocó. EFE

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